Encontro liderado pelo promotor de Justiça Fernando Buttini foi realizado para tratar das obras envolvendo a revitalização do calçadão de Venâncio Aires. Na reunião desta sexta-feira, 12, foram expostos os argumentos pelo quais a retirada das árvores é considerada essencial. O principal deles é de que as raízes das tipuanas provocam riscos às estruturas dos prédios do Centro.
O corte das árvores estava previsto para iniciar nesta semana, mas foi paralisado por recomendação do Ministério Público (MP), que se envolveu no caso. A Promotoria de Venâncio Aires espera emitir parecer sobre o caso em até 15 dias. Na segunda-feira, dia 15, a Administração Municipal encaminhará todos os documentos relacionados à obra digitalizados ao MP.
Na sequência, o material será repassado ao Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do MP, com sede em Porto Alegre, que analisará a legalidade da intervenção e o respectivo impacto ambiental. “Esperamos que a situação esteja resolvida nos próximos dias, mas acreditamos no desfecho positivo, já que tudo está de acordo com a legislação e é apontado como uma necessidade”, argumenta o prefeito Giovane Wickert.
MUDANÇAS PREVISTAS
As reformas estão orçadas em mais de R$ 225 mil. A principal mudança prevista Largo do Chimarrão, entre as ruas Jacob Becker e General Osório, consiste em retirar um dos lados do calçadão para duplicar a pista de rolamento. Além disso, será feita a colocação de gradis de 1,2 metro na extensão das quadras.
A calçada será dividida em dois pisos de cores diferentes. Uma delas pode ser descrita como o a faixa livre, que ocupará cerca de 1,2 metro e contemplará uma faixa de piso tátil e a faixa de acesso, que fica perto dos imóveis. A outra, de serviço, com 1,6 metro, será o local onde serão instalados bancos, lixeiras, iluminação, floreiras e a vegetação de médio porte.
O projeto prevê a instalação de 26 luminárias na extensão das duas quadras da Osvaldo Aranha. Está inclusa também a colocação de 12 bancos – semelhantes aos da Praça Evangélica -, 28 floreiras, dez novas vagas de estacionamento, bicicletário e um pergolado.
Dois terços das despesas serão custeadas pelos proprietários do lotes e a Prefeitura ficará responsável por um terço do custo do projeto, que será viabilizado a partir de podas de árvores, areia, brita e todo maquinário disponível.