Venâncio Aires - No início de outubro, uma venâncio-airense esteve frente a frente com a maior liderança católica mundial. Irmã Ana Marlene Konzen, 76 anos, que integra a Congregação das Irmãs Paulinas, teve a oportunidade de encontrar o Papa Leão XIV, no Vaticano.
A religiosa esteve em Roma, onde participou do Capítulo Geral, o evento mais importante da congregação, que ocorre a cada seis anos e reúne representantes de todos os países onde as Irmãs Paulinas estão presentes. “É um tempo de abertura e escuta do Espírito, de oração e compromisso com os valores, a vida e a missão da congregação. É um processo importante, onde as irmãs capitulares refletem sobre o caminho trilhado até o momento presente e, assim, possam discernir as orientações para o futuro, os passos que o Senhor nos pede neste momento da história”, descreveu Marlene, que é irmã provincial, uma espécie de presidente das irmãs Paulinas no Brasil e cargo que ocupa desde 2020.
Segundo ela, foi no dia 2 de outubro que as irmãs capitulares tiveram uma audiência com o Papa Leão XIV. “Tive a graça de entregar ao Papa ‘A Bíblia’ da editora Paulinas do Brasil. Foi um momento de muita emoção e grande alegria cumprimentá-lo e poder entregar, em mãos, a Bíblia. Ele sempre sorridente e muito gentil agradeceu dizendo, em português, ‘obrigado’.”
História antes do encontro com o Papa
Ana Marlene Konzen, que atualmente mora em São Paulo, nasceu em Venâncio Aires e viveu a infância e adolescência em Vila Palanque. Ela conta que cresceu num ambiente religioso e aprendeu com os pais os valores da fé, da vida cristã, bem como os valores humanos de uma convivência familiar harmoniosa. “Meu despertar para a vida religiosa tem a influência da minha própria família e nós já respirávamos esse clima desde pequenas, com a mãe e o pai nos motivando na oração. Um dos meus tios foi padre Redentorista, minha irmã também entrou para a Congregação das Irmãs Paulinas, e todo este contexto e vivência fizeram nascer dentro de mim o desejo de também ser uma irmã, uma religiosa.”
Sobre o porquê de ser uma irmã Paulina, Marlene explica que, com a revista Família Cristã, a Bíblia e outro material informativo, as irmãs, todos os anos, passavam por Palanque visitando as famílias. “Para facilitar a missão delas, eu e meus irmãos nos revezávamos para acompanhar as irmãs junto às famílias que já eram assinantes da revista, pois as casas eram distantes umas das outras. Foi assim que conheci as Irmãs Paulinas e, hoje, me encontro muito feliz por viver minha vocação como Filha de São Paulo, irmã Paulina, como somos conhecidas.”
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“Posso dizer que este encontro com o Papa foi e será um dos momentos fortes e marcantes da minha vida e que lembrarei para sempre.”
ANA MARILENE KONZEN – Irmã Paulina
Irmãs Paulinas
A Congregação das Irmãs Paulinas foi fundada na Itália, em 1915, e iniciou a missão no Brasil em 1931. “Os 94 anos de nossa vida e missão no Brasil, que celebramos em outubro, é uma data muito especial para nós, pois remonta ao nascimento da congregação na pequena cidade de Alba, no norte da Itália. Nasceu do coração de um grande profeta, padre Tiago Alberione, e com a colaboração de nossa cofundadora, irmã Tecla Merlo, mulher sábia e humilde”, explicou Marlene.
Segundo a venâncio-airense, desde o início, quando Alberione enviou ao Brasil a irmã Dolores Baldi, em outubro de 1931, foram muitos passos dados para levar à frente a missão. “Possuidoras de um carisma, de uma herança que nos lança ao encontro dos maiores desafios da modernidade, nós assumimos a comunicação como nosso estilo de vida e com ela crescemos, mas sempre com o mesmo objetivo de viver e comunicar às pessoas a mensagem de vida, de justiça, de liberdade, de fraternidade que nos comunicou Jesus.”
