O acesso à telefonia fixa e internet no meio rural está mais próxima da realidade das famílias do interior dos municípios do Rio Grande do Sul. Uma resolução da Anatel garante que as propriedades rurais, distantes até 30km da sede dos municípios, possam se inscrever e ter acesso aos serviços. O preço é acessível e pode variar de R$ 69 a R$ 79, além disso, a operadora tem 90 dias para realizar a instalação.
A resolução já está em vigor e foi resultado de um esforço da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa. De acordo com o presidente da comissão, deputado estadual Adolfo Brito (PP), que esteve na abertura da Assembleia do Sindicato Rural na tarde de sexta-feira, 26, na Câmara de Vereadores, a medida é um dos mecanismos que garante a permanência do jovem no campo. “Não podemos deixar de atender essa demanda que hoje também é vital para o desenvolvimento econômico no meio rural”, disse. A OI é a empresa habilitada, através de concorrência pública, a fornecer o serviço no interior. Segundo o parlamentar, em lugares de difícil acesso, por exemplo, com relevo acidentado a empresa poderá fornecer o serviço através de satélite ou, outras formas, que possibilitem o acesso. De acordo com Brito, nas regiões distantes 30km das áreas urbanas dos municípios o serviço será prestado pela Embratel.Para aderir o proprietário precisa se inscrever através do número 0800.031.0001, a ligação é gratuita. Quando atendido ele deverá fornecer seu nome a localidade que reside e solicitar a instalação do serviço. Alguns dados pessoais podem ser requeridos.
ENERGIAA melhoria da qualidade da energia elétrica é outra demanda pautada pelo progressista e defendida pela Comissão de Agricultura da AL. Uma das propostas defendidas é a reconstrução das redes elétricas do meio rural. A intenção é garantir energia necessária para implementação de tecnologias no desenvolvimentos das atividades agrícolas. A proposta ainda é discutida pela Comissão, mas promete ser um projeto semelhante ao programa Luz para Todos, e terá a participação do governo federal, estadual, concessionárias de energia e do produtor rural para ser executado. “A proposta pretende mudar as redes monofásicas, bifásicas e trifásicas. A força da energia poderá ser ampliada no momento de reconstrução dessas redes antigas que não suportam equipamentos utilizados hoje”, destacou.Além disso, ele aponta que o projeto é uma ferramenta de proporcionar facilidade para o desenvolvimento das atividades no campo. “Hoje, o jovem quer conseguir utilizar um sistema de irrigação para produzir. Ele quer usar uma ordenhadeira na produção leiteira. Precisamos garantir energia de qualidade e fomentar o desenvolvimento adequado neste espaço”.Pela proposta o investimento seria dividido entre Governo Federal – que cobriria 50% dos custos -, distribuidoras de energia – arcariam com 30% -, Estado – responsável por 5% -, e proprietários rurais que pagariam 15% dos custos. Proposta ainda não é definitiva e segue em discussão com esferas como Congresso Nacional e Ministério de Minas e Energia.