Foto: Vilce Leão / DivulgaçãoEntre os pedidos das mulheres do campo, estava o fim da violência contra a mulher e melhorias na área da saúde e educação
Entre os pedidos das mulheres do campo, estava o fim da violência contra a mulher e melhorias na área da saúde e educação

Nos dias 11 e 12 ocorreu, em Brasília, a Marcha das Margaridas. Na oportunidade, as mulheres do campo solicitaram o fim da violência contra a mulher, bem como, melhorias em diversas áreas, entre elas, saúde e educação. Venâncio Aires contou com a participação de quatro delas. As Margaridas avaliaram as respostas do Governo da presidente Dilma Housseff como insatisfatórias e vagas.

 A marcha, realizada a cada quatro anos, iniciou com a saída no estádio Mané Garrincha e teve destino na Esplanada dos Ministérios, onde as mulheres ficaram concentradas e fizeram a mobilização. O ponto alto da PROGRAMAÇÃO foi na tarde do dia 12, quando a presidente Dilma fez pronunciamento.

De acordo com a coordenadora regional das trabalhadoras rurais, Vilce Leão, era esperada a participação de 70 mil mulheres de todo o Brasil, mas o ato contou apenas com cerca de 40 mil. “Esperávamos que fosse se igualar com a marcha de 2011, mas não foi assim”, comenta. Vilce acredita que a baixa popularidade do Governo, a atual situação financeira do país e os altos custos para se deslocar até Brasília tenham contribuído para a redução do número de participantes.

Segundo ela, as mulheres do campo ainda não obtiveram a maioria das respostas. “Até porque o Governo Federal alega a falta de dinheiro para tudo”, complementa.

OPINIõESVilce avaliou as promessas como ‘vagas’: “Não voltamos com nenhum ponto positivo e não obtivemos resposta satisfatória.” Ainda destaca que, caso seja necessário, ocorrerá uma outra mobilização mesmo antes do período previsto para a sexta marcha. Por sua vez, conforme a coordenadora, alguns pedidos dos anos anteriores chegaram a ser atendidos. “Nem sempre tudo o que é solicitado é atendido, até porque são uma série de reivindicações, mas esse ano está muito mais difícil”, observa.

A agricultora Carline Linck, 32 anos, participou da marcha pela primeira vez, e diz que, apesar de ter sido cansativa, valeu a pena. Entre as respostas dadas pelo Governo, segundo ela, está a permanência do Programa de Habitação Rural. Em avaliação, Carline destaca: “A presidente falou muita coisa, mas não conforme deveria ter sido.” A agricultora observa que a demanda maior foi na área saúde, porque está em condições precárias.

Não voltamos com nenhum ponto positivo e não obtivemos resposta satisfatória