Foto: Edemar Etges / Folha do Mate/ArquivoFMUm dos objetivos da revitalização é evitar que cenas como a do arranquio dos ervais continue em 2019
Um dos objetivos da revitalização é evitar que cenas como a do arranquio dos ervais continue em 2019

Recolher sugestões dos associados e definir ações para revitalizar a cadeia produtiva da erva-mate em Venâncio Aires e no Polo dos Vales a partir de 2019, está entre os assuntos que serão tratados durante a reunião da Associação dos Produtores de Erva-Mate dos Vales (Aspemva), programada para a próxima segunda-feira, 3, às 20h30min, na sala de pastoral da comunidade São Martinho de Vila Palanque.

Segundo o presidente da Aspemva Cleomar Konzen, também constam na pauta da reunião, a prestação de contas e avaliação das principais atividades desenvolvidas pela entidade em 2018. “Vamos, também, definir uma agenda positiva para 2019”, frisa, chamando atenção de todos os produtores de erva-mate sobre a importância de participarem da reunião, para a qual também foram convidados os diretores das ervateiras de Venâncio Aires e da região. Ele acrescenta que o objetivo do trabalho é novamente fortalecer e fomentar todo o setor, desde os produtores até as indústrias.

Konzen solicita aos produtores e também, aos industriários, que levem sugestões e contribuam para que seja definia a agenda positiva de 2019, no sentido de alavancar novamente toda a cadeia produtiva para que o município e região passem novamente a ocupar o espaço da erva-mate que foi perdido para os outros polos produtores do estado.

O dirigente apresenta dados de um estudo do ano da década de 80, que mostrava que de cada quatro quilos de erva-mate industrializados no Rio Grande do Sul, um era originário de Venâncio Aires. “Hoje, esta realidade é muito diferente e acredito que o município não figura entre os dez maiores produtores. Por isso, a importância e necessidade de todos os atores da cadeia produtiva participarem da reunião”, reforça.

QUALIDADE

Nos últimos anos e principalmente em 2018, o preço pago ao produtor pela arroba, está bem muito baixo e aquém da necessidade do mateicultor e, segundo Konzen, o objetivo da Aspemva é a partir de 2019, trabalhar a questão da produtividade com qualidade. “A partir do momento em que o produtor tiver um produto de qualidade superior, a indústria vai remunerar melhor”, projeta.

“Se forem erradicados todos os ervais, as ervateiras não terão matéria-prima para industrializar”.CLEOMAR KONZENPresidente da Aspemva.