Por conta da crise sanitária vivida atualmente, a Semana do Meio Ambiente ganha significados ainda mais abrangentes. Palavras frequentemente usadas como preservação e sustentabilidade ganham novos sinônimos quando elencadas com às mudanças sociais contemporâneas.
Em função da pandemia no novo coronavírus, o Rotary Club Venâncio Aires organiza ações diferenciadas para a Semana do Meio Ambiente. O cunho social das atividades programadas, em diferentes pontos do município, evidenciam a necessidade do envolvimento de todos para a superação das crises econômicas e sanitárias.
A semana especial encerra com a realização do Sábado Solidário. Entre 9h e 17h do sábado, 6, rotarianos receberão, em três supermercados do município, alimentos não perecíveis. Cada doador, que destinará um alimento ao Banco de Alimentos receberá uma muda de árvore.
Os voluntários receberão os alimentos a partir de pontos que serão instalados na matriz e filial Tiradentes do Super Lenz e no Supermercado Parema, no bairro Leopoldina. Um dos organizadores dessa semana diferenciada é o tesoureiro do clube de serviços, Marcelo Schuck, que detalhou a programação ontem em entrevista ao programa jornalístico Terra em Meia Hora, da Terra FM. Serão distribuídas 600 mudas de árvores diversas, em especial de frutíferas.
Bituca Zero
O Bituca Zero foi criado para reduzir o impacto ambiental causado pelo descarte incorreto das bitucas de cigarro. Para evitar que contaminem solos ou que atrapalhem a vasão das águas, 35 coletores serão instalados em locais de grande movimentação, como paradas de ônibus, Hospital São Sebastião Mártir, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Delegacia de Polícia e estação rodoviária.
Na sexta-feira, 5, as bituqueiras de cigarros serão distribuídas aos locais públicos pré-selecionados da cidade. O projeto foi financiado pelo Fundo Social da cooperativa Sicredi Vale do Rio Pardo, ao valor de R$ 3.340,00.
Bituca de cigarro: uma vilã ambiental
Segundo a Organização Mundial da Saúde o número estimado de fumantes no mundo é de 1,6 bilhão. Essa enormidade de pessoas joga fora, em média, 7,7 bitucas de cigarro por dia. E em relação aos outros tipos de lixo, a bituca de cigarro parece ser inofensiva. Contudo, o tempo de decomposição de uma bituca pode chegar em cinco anos. Sem contar o fato de que ela contém mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, o que prejudica solos e águas. Essa relativa demora na decomposição se deve ao fato de que 95% dos filtros de cigarros são compostos de acetato de celulose, de difícil degradação. Além disso, principalmente no verão, as bitucas de cigarro ainda são causadoras de incêndios.
Mais de 240 nascentes de água foram mapeadas a partir de parceria com o Rotary
Na sexta-feira, às 10h30min, um grupo vai visitar uma propriedade rural em Linha Arroio Grande, junto ao campo da Associação Esportiva Palmeiras, em Linha Arroio Grande. O objetivo é conhecer e inaugurar uma das estruturas de proteção de vertente construída a partir da parceria direta com o clube de serviço.
Parte da obra foi financiada pelos Rotarys locais – Rotary Club Venâncio Aires e Rotary Club Chimarrão -, com os recursos, repassados também pelo Fundo Social da Sicredi. Ação integra programa desenvolvido pelo Comitê das Nascentes do Arroio Castelhano, órgão comunitário que reúne instituições locais. A estrutura de proteção prevê cercamento, limpeza e controle de erosão da área, protegendo a água que vem do lençol freático de contaminações.
Terra FM distribui mudas
Dentro das ações da Semana do Meio Ambiente, hoje e amanhã a Terra FM participa do projeto rotariano. A partir da doação de um alimento não perecível, o ouvinte ganha uma muda de árvore. Os alimentos arrecadados serão doados para famílias em vulnerabilidade social. As mudas estão à disposição na recepção da emissora. “A ação desenvolvida pelo clube de serviços é bastante elogiável, tanto na visão ambiental, quanto pela econômica, já que a pandemia escancarou ainda mais as diferenças sociais”, destaca o diretor da Terra FM, Daniel Heck.
Vila Deodoro
Nas imediações da santinha, em Vila Deodoro, também terá uma vertente protegida e outra na nascente em Linha Sapé, informa o o presidente da Comissão de Projetos Humanitários do clube, José Eleir de Macedo, referindo-se ao clube rotário que teve participação importante no mapeamento de mais de 240 vertentes ao longo do leito do principal manancial que abastece a Capital Nacional do Chimarrão. Segundo Teio, como é conhecido, o programa é vital para a Capital Nacional do Chimarrão. Mesmo durante a estiagem, observa, o abastecimento de água permaneceu garantido, a partir do Castelhano. Por isso, complementa, a necessidade de preservar cada olho d’água.
*Com informações da Assessoria de Imprensa do Rotary