Além da retirada das 22 tipuanas e duplicação da pista da rolamento no calçadão, a Prefeitura quer implementar em trecho da rua Osvaldo Aranha uma rua coberta. O espaço, que poderia receber eventos sociais diversos, teria, inclusive, um palco suspenso. O palanque automatizado ficaria ao nível da pista de rolamento quando a rua estivesse liberada para o trânsito de veículos, mas em eventos a estrutura seria ativada.
O prefeito Giovane Wickert acredita que ainda neste semestre recursos federais para a obra podem ser confirmados. Ele diz que a partir da implementação da rua coberta o projeto de revitalização da área central estaria concluído. A obra se somaria às mudanças já em curso na Praça da Matriz e mesmo a revitalização proposta em conjunto, para o calçadão, entre Prefeitura e um grupo de empresários e comerciantes.
Depois que as melhorias iniciais para o Largo do Chimarrão estiverem concluídas, será estudada e avaliada como poderá ser implementada a rua coberta. Existe possibilidade de emenda parlamentar ser destinada para este fim, mas por enquanto tudo permanece no campo da especulação. Quem sinaliza favoravelmente ao projeto é o deputado federal Marcelo Moraes (PTB).
Contudo, nesta sexta-feira, 12, em entrevista à reportagem da Folha do Mate, o parlamentar disse que por enquanto nem mesmo protocolo para assegurar o recurso foi encaminhado. Wickert e Moraes teriam tido até o momento apenas conversas iniciais sobre o tema, de acordo com o deputado.
PROJETO
Uma das frentes de trabalho tenta garantir até R$ 500 mil para o projeto. Com o valor seria possível construir a rua coberta e reformar o piso do Largo do Chimarrão que fica junto à Praça da Matriz. O projeto também prevê nivelar o calçadão com a pista de rolamento. “No projeto inicial contemplamos algumas necessidades, mas o aprimoramento dele avança internamente a partir do trabalho liderado pela Secretaria de Planejamento e Urbanismo”, destacou o prefeito.
ANÁLISE
“Quando tivermos garantido os recursos para a edificação da rua coberta e mesmo da reforma do piso do calçadão, será estudado com afinco se é preciso retirar todas as tipuanas da Osvaldo Aranha ou se o projeto poderá conciliá-las”, acrescenta Wickert. Mas ele garante que a medida envolverá a principal rua do Centro, entre a travessa São Sebastião Mártir com a rua General Osório.
EXEMPLOS GAÚCHOS
No estado, o maior exemplo envolvendo o sucesso de uma rua coberta fica na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha. Ela é um dos pontos turísticos mais visitados no município, em virtude de estar bem no Centro da cidade e ligar duas avenidas. O espaço possui 100 metros de comprimento e com telhado de vidro.
Durante o inverno da Serra Gaúcha, os cafés e restaurantes ficam lotados de turistas assistindo aos shows musicais de bandas locais, que apresentam-se em um palco montado na rua. No Natal, a rua coberta ganha decoração, com uma grande árvore natalina, a famosa Árvore Cantante, onde corais da cidade se apresentam, cantando e encantando a todos.
Em Gramado, a rua coberta abriga ainda lojas de artesanato feito na Serra Gaúcha, de sapatos, artigos em couro, malharia, artigos esportivos, livraria, restaurantes, cafés e bistrôs e lojas de chocolates.
Já na região existe rua coberta na cidade de Arroio do Meio. O espaço foi edificado junto à rua General Daltro Filho, no Centro. Em 2018 a estrutura foi reformada, quando passou a contemplar o reaproveitamento de parte da água colhida pelo telhado com sistema de armazenamento em reservatórios. A rua coberta de Arroio do Meio foi inaugurada em novembro de 2008.