A agroindústria TMF Ovos Coloniais, localizada em Buraco Fundo, de propriedade da família de Marcelo de Oliveira Rosa, Tânia Fonseca Rosa e Fernando Rosa, está colhendo bons resultados de uma aposta feita no ano passado. Eles produzem ovos, que são inspecionados e comercializados de diversas formas. É a única de Vale Verde que integra o programa de agroindústria familiar do Rio Grande do Sul.
Os recursos para implantação vieram por meio da Consulta Popular de 2018, onde o município teve participação expressiva na votação das prioridades. Os nomes dos beneficiários foram aprovados pelo Conselho Agropecuário. Todo processo para implantação foi conduzido pela Emater/RS-Ascar de Vale Verde, desde a elaboração da planta baixa, acompanhamento da construção, prestação de contas, curso de boas práticas de fabricação de 40 horas – realizado no centro de treinamento da Emater, em Caxias do Sul – e o encaminhamento para obtenção do certificado Serviço de Inspeção Municipal (SIM).
A Prefeitura também contribuiu na forma de prestação de serviços, já o Conselho Municipal de Desenvolvimento (Comude) esteve presente desde a votação das prioridades até o destino dos recursos. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater, João Leal da Silva, como o município aderiu ao Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar (Susaf), o casal de produtores, juntamente com o filho, poderá comercializar seus produtos em outros municípios. “Agora estamos pleiteando o selo Sabor Gaúcho, que caracteriza as agroindústrias familiares do estado”, enfatizou o engenheiro.
“É gratificante trabalhar com a venda de ovos, já que é um dos alimentos mais completos e nutritivos do mundo e que ainda mantém a renda de toda família no campo.”
MARCELO ROSA – Proprietário da agroindústria TMF Ovos Coloniais
Comercialização de ovos
Conforme Marcelo Rosa, a família tem 250 aves que produzem em média 240 ovos diariamente. Em breve, mais 400 galinhas estarão produzindo, já que as mesmas foram adquiridas com o objetivo de chegar a 600 ovos por dia, um total de 18 mil por mês. Rosa destacou que a venda é feita para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), para a merenda escolar da Prefeitura e para consumidores em geral.
A dúzia é comercializada a R$ 7,00 e a bandeja com 30 ovos custa R$ 16,00. “Estamos satisfeitos com o negócio, mas ainda não chegamos aos rendimentos que esperávamos, pois o milho está muito caro. Mas, em breve, queremos reduzir este custo, pois vamos plantar milho até sermos autossuficientes na alimentação das aves, pois hortaliças, verduras e mandioca, já temos à vontade para tratar”, explicou Rosa.
As aves são criadas em um sistema que não é totalmente confinado, pois elas possuem um espaço mais amplo, onde podem caminhar e comer os alimentos complementares que lhes são fornecidos diariamente. “O negócio envolve o trabalho de toda a família e tem deixado todos animados com relação ao futuro”, afirmou o produtor.