A integração entre os clubes de mães de Venâncio Aires é uma das atividades que sempre movimentou o interior com os intercâmbios de mulheres, quando um clube visitava o outro. Com a pandemia, inúmeros projetos tiveram que ser suspensos e outros adaptados.
Nessa proposta, o escritório municipal da Emater/RS-Ascar deu início a um projeto de segurança e soberania alimentar, pensado para esta época de pandemia, enquanto os encontros presenciais com os grupos de mulheres rurais estão impossibilitados.
Conforme a extensionista rural social, Viviane Röhrs, a entidade optou por criar o projeto ‘Intercâmbio virtual: um resgate de saberes e sabores’, onde estão sendo gravados vídeos com as agricultoras representantes dos clubes de mães do município.
A proposta é de que cada representante apresente sua receita ou algum outro saber e sua história. “A escolha da receita fica a critério da agricultora, que fará a apresentação e elaboração da mesma. Pode ser uma receita antiga, tradicional da família ou que se utilizam de alimentos da época”, explica Viviane.
“Este intercâmbio é uma forma de enaltecer a diversidade do nosso município, expressa neste trabalho, principalmente, pelas tradições culturais e alimentares de cada comunidade.”
VIVIANE RÖHRS – Extensionista rural
As gravações são agendadas e realizadas pela extensionista da Emater e serão divulgadas nas redes sociais da Folha do Mate, uma das parceiras na divulgação do projeto que visa envolver as comunidades rurais. Inicialmente, a proposta é divulgar um vídeo nas páginas da Folha do Mate nas quintas-feiras, às 19h.
O primeiro vídeo a ser divulgado traz a importância do aproveitamento de alimentos da época de uma forma nutritiva e saborosa, como é o caso da receita de bolo de banana com nozes, apresentado pela agricultora Maria de Lourdes Sehn, do Clube de Mães Pedro Beno Bohn, de Vila Arlindo.
Intercâmbio visa o resgate cultural
Para a extensionista, o objetivo do projeto é fazer um resgate histórico e cultural de receitas com ingredientes locais, bem como seu histórico valor sentimental, identidade e procedência da receita, incentivando o uso de ingredientes naturais e a diminuição do consumo de industrializados.
“Com a pandemia, precisamos nos reinventar a cada dia em nossa atuação, e as atividades com as mulheres rurais não podem ser totalmente prejudicadas. Este projeto é uma forma de seguir valorizando os saberes das agricultoras e, mais do que isso, divulgar de diferentes formas esse riquíssimo conhecimento a todos os clubes de mães do interior do município, ou a quem mais se interessar em conhecer”, enfatiza.
Os vídeos serão divulgados nas redes sociais da Folha do Mate nas quintas-feiras, às 19h.
