A mão de obra é um dos principais desafios para quem trabalha com a produção de tabaco. Ao longo dos anos, produtores têm buscado alternativas para suprir esta demanda, seja com o uso de tecnologias, como os fornos de carga contínua, para a secagem das folhas, ou novos processos. Uma novidade que tem sido adotada por muitas famílias é o enfardamento de folhas soltas, sem a necessidade de manocar o tabaco.
“Muitas empresas têm feito a compra do tabaco com folha solta, e isso tem sido a salvação de quem não tem mão de obra suficiente, especialmente porque é a mão de obra que encarece a produção”, observa o tesoureiro da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Marcílio Laurindo Drescher.
Com o objetivo de garantir a qualidade do tabaco, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) elaborou materiais para divulgação, junto aos produtores rurais, a fim de orientar o processo. As folhas devem ser separadas por posição, cor e qualidade, e os talos devem ser alinhados e voltados para as extremidades do fardo. De acordo com a orientação do SindiTabaco, para dar mais firmeza, a orientação é intercalar camadas internas de folhas, no centro do fardo, e utilizar cinco fios na amarração. As folhas devem ser depositadas na caixa-prensa com a melhor uniformidade possível e deve-se evitar o excesso de umidade. Além disso, é fundamental utilizar a cartela de identificação fornecida pela empresa, com código que permite rastrear o tabaco da origem até o destino final.
O presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, reforça que, além do alinhamento das folhas, que é muito importante, é imprescindível que não se deixe nenhum material estranho misturado ao tabaco. “Isso é algo primordial, precisa ser muito observado para garantir a qualidade e integridade”, ressalta.
