Falta de umidade atrasa plantio do tabaco da região serrana

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Enquanto os fumicultores da região baixa do município já estão colhendo, os da região serrana esperam ansiosos o retorno da chuva para poderem incrementar e concluir o plantio do tabaco da atual safra. Embora tenha chovido há questão de duas semanas, os produtores estão enfrentando dificuldades para transplantarem as mudas pois o solo daquela região é pedregoso e com tabatinga, que não segura a umidade por muio tempo.

“Na verdade, chuva não falta e sim, a umidade”, refere o fumicultor Juliano Schmitz, morador de Linha Marmeleiro. Ele reforça que além do tipo de solo daquela região, o sol forte e o vento frio verificados nos últimos dias, ajudaram diretamente no enxugamento. Nos lugares mais baixos daquela região, até alguns dias, ocorreram geadas.

Até o momento, Schmitz plantou a metade dos 65 mil pés que tenciona plantar nesta safra. A primeira remessa transplantou no início deste mês e assim que chover, vai transplantar o restante. Mesmo que na próxima semana se inicie o mês de outubro, o fumicultor não está preocupado pois na região serrana, ainda é tempo hábil do plantio. Mas se a chuva demorar muito, o fumicultor refere que vai atrasar o plantio e a consequência será o atraso no início da colheita, que geralmente ocorre a partir do dia 10 de dezembro. Outra consequência da ausência da chuva é que as mudas começam a passar do ponto de transplante. Schmitz afirma que até agora, já as podou cinco vezes, mas que não tem mais como fazê-lo, pois vai prejudicar o desenvolvimento na lavoura.

Mesmo com a demora em conseguir efetuar todo o plantio, o fumicultor vive a expectativa de colher uma safra cheia, pois nas duas últimas, teve perdas por causa de doenças na lavoura e por causa do granizo e temporal.


“Sempre quando começamos a plantar uma safra nova, esperamos ter sucesso e colher uma safra cheia, que as condições climáticas sejam favoráveis e não ocorram doenças nas lavouras.”

JULIANO SCHMITZ – Fumicultor


SAIBA MAIS

  1. Na safra passada, de 60 mil pés plantados, Juliano Schmitz colheu 480 arrobas. Teve perdas com doenças no solo e com o granizo.
  2. Em ano de clima normal, o fumicultor colhe entre 11 a 12 arrobas por mil pés. Se o clima for favorável, Schmitz estima colher mais de 715 arrobas nesta safra.
  3. Em função da doença registrada numa lavoura na safra passada, a fumageira a qual o fumicultor é integrado, em parceria com pesquisadores, vai implantar experimentos com o uso de produtos que não deixam resíduos no solo e nem nas folhas do tabaco, ou seja, dispensa o uso de agrotóxicos.

 

    

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