Família Werner entrega parte da soja na Unidade de Grãos da Afubra

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A produção de grãos tem ganhado os holofotes nos últimos anos e, em Venâncio Aires, não é diferente. Atualmente, a cotação da saca da soja de 60 quilos já atinge R$ 166,40. A época é de colheita da soja safrinha e a família Werner, de Linha 17 de Junho, já realizou a colheita de algumas lavouras na semana. Para o produtor Clécio Luis Werner, 54 anos, os resultados são animadores. “O cenário está desenhando uma boa safrinha. Vai ser a melhor dos últimos tempos”, projeta.

Werner, o filho Marcos, o genro Fernando Becker e o funcionário Marciel Rodrigues plantaram 130 hectares de soja safrinha e 138 hectares na soja safra. Na safra, a venda teve uma nova oportunidade que trouxe mais agilidade na hora da colheita. Cerca de 52% da safra de soja foi comercializada para a Unidade de Grãos da Afubra, em Rincão del Rey, em Rio Pardo.

“No início, a gente levava para Canoas, mas quando a unidade da Afubra entrou em operação, recebemos o convite e logo na primeira carga que levamos gostamos do atendimento e da agilidade”, explica o produtor.

Além do preço valorizado, Werner destaca outros diferenciais da unidade. “Não tem fila para descarregar, assim, a gente consegue voltar antes para a lavoura com o caminhão e o serviço rende mais. E está entre um dos melhores valores da região, sem contar a proximidade para nós de Venâncio”, comenta.

Cerca de quatro mil sacos da safra de soja foram entregues pela família Werner à Afubra. “Eu sei de vários produtores da região que agora na safrinha também querem vender pra lá. De certa forma, a gente começou e influenciou mais agricultores”, salienta o agricultor de Linha 17 de Junho.

Werner está na expectativa de conseguir comercializar a safrinha também na Unidade da Afubra, mas comenta que isso depende de espaço nos silos. Além disso, a família irá plantar os primeiros 64 hectares de trigo nesta safra de inverno e também projeta comercializar o grão para a Afubra.

Clécio Werner de Linha 17 de Junho vendeu a soja safra na Unidade de Grãos da Afubra (Foto: Rosana Wessling/Folha do Mate)

Diversificação com os grãos

A Unidade de Grãos da Afubra iniciou as atividades em março. Segundo o diretor-presidente da Agro Comercial Afubra Ltda., Romeu Schneider, em 35 dias de operação, a unidade completou a capacidade de 502 mil sacas. “Como foi nossa primeira experiência, imaginávamos que levaria um tempo maior para completar a capacidade. Mas a colheita também foi mais rápida, o clima colaborou”, observa.

Com alguns problemas no porto, o recebimento foi maior que o escoamento e a unidade lotou. Por isso, a Afubra já está se organizando para ampliar o espaço e construir mais três silos. “A expectativa é de termos mais 300 mil sacas à disposição na próxima safra de soja”, projeta.

Schneider ressalta que a Unidade de Grãos surge como apoio à diversificação – uma das linhas de trabalho defendidas desde a fundação da Afubra. “A diversificação sempre foi um ponto chave na nossa discussão. E nós, além de incentivar isso, precisamos dar opção de mercado, já percebemos que cada vez mais os grãos vêm ganhando espaço e os produtores não plantam mais só o tabaco. Nós precisamos estar preparados para absorver esse mercado dos grãos”, ressalta.

Nesse primeiro momento, a unidade recebeu a soja, mas já se projeta para receber o milho e o trigo dos associados e clientes das regiões da Matriz (Santa Cruz do Sul) e das filiais de Venâncio Aires, Candelária e Cachoeira do Sul.

Além de projetar a ampliação na Unidade em Rincão del Rey, a Afubra estuda a instalação, também, em Arroio do Trigre. “Nós até já temos uma possível área”, frisa Schneider. Além disso, Camaquã pode receber uma unidade. “Lá já percebemos que o forte é o arroz, tem uma tendência na cultura. Estamos em fase de estudo.”

Grãos Afubra
A Unidade de Grãos atende associados e clientes das regiões da Matriz (Santa Cruz do Sul) e das filiais, como Venâncio Aires (Foto: Divulgação/Afubra)

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Tecnologia

• A unidade possui um calador pneumático rápido e seguro, por meio do qual o grão chega por sucção até o laboratório, aparelhado com equipamentos digitais. Conta com duas balanças automáticas de 30 metros da Toledo para agilizar a pesagem dos caminhões.

• O fluxo segue com duas moegas equipadas com tombadores de 22 metros e 80 toneladas e acessórios extras de segurança, da SAUR.

• A descarga nas moegas de 7 mil sacos é de 600 toneladas/hora e segue para duas máquinas de pré-limpeza rotatórias, agilizando o esvaziamento das mesmas.

    

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