Moradores do Vale do Sampaio pedem atenção às estradas

As estradas em condições de trafegabilidade são fundamentais para que os produtores rurais possam escoar a produção. Moradores do Vale do Sampaio, ainda sentem a falta de máquinas nas estradas, afinal a capatazia de Vila Teresinha, segue fechada. Conforme o Poder Público, ainda há falta de máquinas e equipe.

A reportagem percorreu as localidades do 8º Distrito na tarde da quinta-feira, 12, e conversou com moradores das comunidades. Para o casal de Linha Duvidosa, Olívio e Márcia Fischer, alguns trechos do Vale do Sampaio precisam de manutenção urgente.

“Nossos filhos trabalham no frigorífico em Santa Emília e se queixam muito das condições da estrada para se deslocar ao serviço. Além disso, nossa região é muito forte com produção de tabaco, suínos, frango e leite, passa muito caminhão pesado nessas estradas e sem manutenção só piora”, frisa o produtor de tabaco. “Com quem a gente conversa do Vale do Sampaio tem queixas. A gente precisa de um reconhecimento, faz tempo que a gente não vê nenhuma máquina aqui”, complementa Márcia.

O autônomo Milton Kist percorre todas as localidades do Vale do Sampaio diariamente para realizar suas atividades. Além dele, os filhos percebem que as estradas do distrito necessitam de uma melhoria.

Morador da região de São Miguel, Santa Emília, ela enfatiza que a região é bastante produtiva. “A gente tem grandes produtores nessa volta, seja na proteína animal ou grãos. Todo o vale precisa de atenção, precisamos de estradas melhores, a gente passa por cada ponto crítico.”

Estradas recebem grande fluxo de veículos

O diretor do frigorífico Eggers, Luciano Eggers, considera que as estradas de Vila Teresinha e as que ligam ao 8º Distrito são estradas boas, quando mantidas. “O problema é quando há um intervalo muito grande entre estas manutenções de estrada, pois o fluxo de caminhões, ônibus, tratores de médio e grande porte e veículos, de modo geral, é grande.”

Eggers explica que, para a chegada de matéria-prima e escoamento da produção de várias empresas e propriedades rurais se faz por meio destas estradas, que, quando em más condições, diminuem a vida útil dos veículos, gerando um alto custo de manutenção, além de transtornos.

O diretor também comenta que existe um esboço de projeto, ainda em desenvolvimento, por parte de empresários da cidade vizinha, Mato Leitão, que buscam apoio de munícipes venâncio-airenses para fortalecer o projeto e buscar emendas parlamentares para viabilizar o acesso asfáltico. “Enquanto isso não acontece, analisamos como de suma importância a reabertura da capatazia, com máquinas e operadores disponíveis para realizarem diariamente a manutenção das estradas de todo o Vale do Sampaio”, pontua Eggers.

“ A comunidade do Vale do Sampaio merece uma estrada melhor. Estamos esperando um olhar específico do poder público.”

MILTON KIST
Morador do Vale do Sampaio

Prefeitura anuncia mutirão para a próxima semana

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura para verificar a possibilidade da abertura da capatazia. No momento, a de Vila Santa Emília é a responsável pelo Vale do Sampaio. No entanto, comunidade salienta que são muitas estradas e apenas algumas máquinas não estariam dando conta de tantos quilômetros.

Conforme o coordenador das capatazias, William Felipe da Silva, não existe uma previsão para a abertura da capatazia de Vila Teresinha pois ainda faltam máquinas. Porém, a comunidade será atendida na próxima semana. “Já estávamos com um mutirão agendado para a região. A partir de segunda-feira, 16, faremos um grande trabalho para recuperar as estradas gerais do Vale do Sampaio”, cita.

Silva destaca que as capatazias de Vila Deodoro, Vila Santa Emília e Vila Palanque estarão mobilizadas para atender as demandas das localidades do 8º Distrito. Um dos trechos bastante críticos na região e bastante citado pelos moradores é a subida em Santa Emília – São Miguel, para o trecho que liga Vila Santa Emília à Linha Duvidosa. Silva frisa que será feita uma manutenção para tentar compactar e recuperar o trecho, porém, uma medida está sendo estudada para resolver o problema.

“Já estávamos com um mutirão agendado para a região a partir de segunda-feira. Serão duas semanas de trabalhos na região, com retirada de materiais em dois pontos fazendo um grande trabalho de recuperação para a região.”

WILLIAM FELIPE DA SILVA – Coordenador das capatazias

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