Plantio de tabaco escalonado favorece o produtor na hora da colheita e comercialização

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Em outra década, o processo adotado pela família Soares, de Vila Arlindo, poderia soar estranho, mas nos dias de hoje, além deles, praticamente todos os moradores dos arredores adotaram a prática do transplante de tabaco antecipado.

O produtor Marcio Luis Soares, 36 anos, e a família aplicaram a prática há duas safras. Agora, o plantio que era realizado geralmente no fim de julho, ocorre com pelo menos um mês de antecedência. “Aqui na volta todo mundo está fazendo assim, plantando antes e de forma escalonada para lá, no fim, ter como colher e secar tudo no seu tempo”, reforça.

Entre os principais diferenciais, Soares e a esposa Michele Alexandra Wagner, 38 anos, já observaram a qualidade de vida e uma melhoria na cor da folha. “O tabaco pesa mais, sofre menos, não queima tanto e a gente consegue terminar tudo até dezembro”, elenca Soares.

O produtor iniciou na atividade ao lado dos pais José Alfeu Soares, 70 anos, e Lourdes Helena Soares, 58 anos. Em 2005, a família adquiriu as terras em Vila Arlindo e, desde 2007, reside no local junto da filha Rafaela Eduarda Soares, 17 anos. Atualmente, a família planta cerca de 60 mil pés de tabaco. Desses, 30 mil para a integradora China Brasil Tabacos (CBT).

família tabaco
Marcio iniciou no cultivo do tabaco ao lado dos pais José e Lourdes e hoje a família segue trabalhando juntos na mesma propriedade (Foto: Roni Müller/Folha do Mate)

Para o orientador agrícola da CBT que atende a família Soares, Darci Goldmeier, 55 anos, a prática adotada é uma alternativa eficaz e cada vez mais comum na região. “Nosso clima não é mais o mesmo, a gente acaba não tendo mais aquele inverno rigoroso, são apenas alguns dias de frio intenso. Mas, eu diria que o grande diferencial é a tecnologia de hoje. Com a modernidade nas mudas e no ciclo do tabaco, os resultados com essa antecipação são positivos”, frisa o orientador.

Cronograma do plantio de tabaco

A família Soares, de Vila Arlindo, pretende plantar os primeiros 35 mil pés de tabaco no dia 28 de junho. Quanto aos 25 mil restantes, devem ser transplantados no dia 15 de julho. “Mas tudo depende do clima. A terra está praticamente pronta. Se a gente conseguir realizar esse cronograma em setembro já tiramos o baixeiro”, acrescenta.

Soares plantou milho em grão na resteva e silagem para o trato dos animais da propriedade e, em algumas áreas, fez o uso de milheto para cobertura verde.

 

“Plantar o tabaco mais cedo nos garante melhores resultados na folha, o que assegura uma boa classificação na venda depois .”

MARCIO LUIS SOARES

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