Chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin, entregou o projeto de lei ao prefeito Jarbas (Foto: AI Prefeitura)
Chefe do escritório local da Emater/RS-Ascar, Vicente Fin, entregou o projeto de lei ao prefeito Jarbas (Foto: AI Prefeitura)

A Prefeitura de Venâncio Aires recebeu representantes do escritório local da Emater/RS-Ascar para tratar sobre medidas de prevenção ao greening, uma doença que já está presente no Brasil e que causa perdas significativas na produção de árvores cítricas. Durante o encontro, o chefe local da Emater, Vicente Fin, entregou ao prefeito Jarbas da Rosa uma minuta de projeto de lei que propõe a proibição do cultivo da murta (Murraya paniculata) no município. A planta, bastante utilizada como ornamental em jardins, atua como hospedeira intermediária da cigarrinha transmissora do greening, servindo como local para sua reprodução e aumentando o risco de disseminação da praga.

Além disso, foi destacada a necessidade de regulamentação quanto à entrada de mudas de cítricas de fora do município, que devem ter procedência garantida e cuidados como cultivo em estufas teladas, para evitar a chegada de mudas contaminadas. De acordo com Fin, agropecuárias precisam ser orientadas. “O alerta se estende também às agropecuárias e comerciantes de plantas, que precisam ser orientados a respeito dos riscos da comercialização de espécies suscetíveis”, destaca.

O risco preocupa produtores e órgãos de defesa sanitária, já que a citricultura é alternativa importante de cultivo e está em expansão também dentro do Programa Municipal de Mudas Frutíferas. A Administração analisará a minuta apresentada e estabelecerá as medidas preventivas, contribuindo para a proteção da citricultura em Venâncio Aires.

Greening

Transmitida por um inseto conhecido popularmente como cigarrinha, a doença já foi registrada na região Sul, mas ainda sem contaminação efetiva em lavouras. O greening é causado por duas bactérias que comprometem a planta, levando-a ao declínio, impedindo a produção de frutos e favorecendo a transmissão para outros pomares.

Uma única planta contaminada é suficiente para que haja a necessidade de erradicação, seguindo protocolos de defesa sanitária. Uma vez instalada, a doença não tem cura e pode causar prejuízos irreversíveis à produção. “Precisamos trabalhar de forma antecipada para que o greening não chegue às lavouras locais”, reforça o chefe local da Emater.

Fonte: Assessoria de Imprensa Prefeitura