Você já provou ou ouviu falar do refrigerante de mel, café de batata-doce ou óleo saborizado de cenoura? Os alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Médio (EEEM) Wolfram Metzler, de Venâncio Aires, provaram na prática que esses produtos dão certo. Afinal, a turma integrada do curso técnico em Agroindústria, desenvolveu esses três alimentos em aula e apresentou-os na Feira de Ciências Inovação e Sustentabilidade na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) no mês passado.
As inovações fazem parte das disciplinas do curso técnico dos alunos. Cintia Mendes, 18 anos, Bruna Eduarda Guth, 17 anos e Yasmin Tainara de Oliveira, 18 anos, desenvolveram o café de batata-doce. “Foi interessante pesquisar sobre. Ninguém tinha ouvido falar e todos que conheceram o projeto tiveram a curiosidade em provar. É muito saboroso, não tem aquele gosto forte da batata-doce, parece café mesmo”, explica Cintia, que é moradora de Mato Leitão.

Já as alunas Sananda da Silva Wenzel, 18 anos, Sanara da Silva Weber, 18 anos, e Julia Luiza Wenzel, 18 anos, decidiram estudar sobre o cultivo de hortaliça baby-leaf e desenvolveram o óleo saborizado de cenoura. “Esse produto é mais saudável do que o óleo de soja e acaba se tornando um substituto. Sem contar que ele tem mais vitaminas”, frisa Julia. Conforme as alunas, o óleo pode ser utilizado em saladas, molhos, para fazer grelhados ou frituras. “Ele é bem adocicado por causa da cenoura”, cita Sananda.

Pensando em substituir o refrigerante industrializado por um natural e saudável, Thiago de Bittencourt, 17 anos, Luiz Antonio Stein, 17 anos, e Vinicius Kauã Soares, 17 anos desenvolveram o Refrimel. “Utilizamos água potável, suco de limão, gengibre e mel”, detalha Thiago.

Os estudantes comentam que após todo o processo de fabricação o refrigerante natural cria o gás igual o refrigerante industrializado. “Devido a fermentação ele cria o gás como qualquer outro. Mas esse é natural e saudável”, salienta Vinicius.
Inovação
Ambos os três projetos foram estudados pelos alunos desde o 1º ano do Ensino Médio. Após muita pesquisa, conforme a coordenadora do curso técnico em agroindústria, Graziela Pankowski, neste ano, no 3º ano, é o momento em que os estudantes criam uma ideia de venda do produto, com rótulo, embalagem e sugestão de público-alvo. “Dentro do curso eles precisam produzir um produto alimentício, algo inovador”, cita.
O café de batata-doce e o óleo saborizado de cenoura foram destaque na Feira de Ciências Inovação e Sustentabilidade na Unisc. A feira ocorreu em formato on-line e premiou dentre as categorias os Projetos Destaques da categoria Curso Técnico.
Inscrições abertas para o técnico estão abertas
Até o próximo dia 28 de novembro, alunos interessados em realizarem o Ensino Médio e em paralelo o curso técnico em agroindústria na EEEM Wolfram Metzler, podem realizar as inscrições na secretaria da escola, no bairro Bela Vista ou pelo site www.educacao.rs.gov.br. O curso técnico é gratuito e ocorre paralelamente ao Ensino Médio. “Durante o técnico o aluno aprende aulas práticas gerais envolvendo atividades de agroindústria, dentre elas panificação, bebidas, doces, e paralelamente executa projetos. No início os projetos são focados em pesquisas, depois eles criam um produto inovador”, esclarece o professor mestre em Ciência e tecnologia de Alimentos, Josué Schneider Martins.
“Durante o técnico em agroindústria a gente trabalha com os alunos as áreas que ele pode atuar após formado e desperta o interesse por negócios. Sem contar que eles fazem um estágio e assim já conseguem ter um contato com o mercado de trabalho e muitos já são efetivados.”
GRAZIELA PANKOWSKI
Coordenadora do curso técnico em Agroindústria na Wolfram Metlzer