Encontro reuniu lidernaças do setor do tabaco (Foto: AI Afubra)
Encontro reuniu lidernaças do setor do tabaco (Foto: AI Afubra)

Venâncio Aires - A 78ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco realizada na manhã de hoje, 2, reconduziu o atual presidente da Câmara, Romeu Schneider, para atuar por mais dois anos à frente da instituição. Ao agradecer a confiança, Schneider enfatizou a harmonia entre o grupo para conduzir o trabalho da Câmara do tabaco, uma atividade muito contestada e criticada. “Todos os setores têm problemas, mas o tabaco é o mais lembrado e combatido, olhado de forma ideológica, principalmente no Brasil. Existem outros países que ratificaram a Convenção-Quadro e que não combatem o tabaco tão fortemente quanto aqui. Mas vamos continuar levando as informações sobre a importância do setor”.

O próximo assunto da pauta foi a Conferência das Partes da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (COP 11) e a quarta sessão da Reunião das Partes (MOP4) do protocolo para Eliminar o Comércio Ilegal de Produtos do Tabaco, ocorridas em novembro, em Genebra, na Suíça. Schneider leu um relato do representante do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (Conicq) Gustavo Firmo que, entre outros pontos, diz que “em resumo, à luz do que foi aprovado em Genebra, não há um comando que obrigue o Brasil a reduzir a produção de tabaco ou a rever o apoio hoje concedido aos fumicultores. O Ministério da Agricultura e Pecuária esteve presente em toda a COP 11, acompanhando de perto as negociações, e continuará atento e atuante na defesa dos interesses dos produtores e de toda a cadeia produtiva do tabaco, para evitar que interpretações futuras dessas decisões sejam usadas de forma prejudicial ao setor.”

Schneider enfatizou que é importante um grupo de trabalho permanente para procurar uma aproximação com o Governo Federal para ter possibilidade de conversar e levar as informações para o setor. “O Ministério do Desenvolvimento Agrário publicou a portaria nº 63 que institui a Política Nacional de Alternativas em Áreas Cultivadas com Tabaco (PNACT) e o Plano Nacional de Alternativas em Áreas Cultivadas com Tabaco (PLANACT), com base nos artigos 17 e 18 da Convenção-Quadro para o Controle do Uso do Tabaco (CQCT). É outro assunto que requer a atenção do setor.” Foi formalizada a criação de um Grupo de Trabalho (GT), com a inclusão de entidades dos mais diferentes setores que tenham relação com a cadeia produtiva do tabaco, tendo à frente o segundo-tesoureiro da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner.

O presidente do SindiTabaco, Valmor Thesing, vê “grandes desafios de mobilização para abrir diálogo com o governo para levar as preocupações do setor”. Ele também apresentou o panorama de exportações de tabaco de janeiro a outubro de 2025: 438 mil toneladas (26% a mais que em 2025, no mesmo período). “Mesmo com todas as dificuldades, os números são promissores para, inclusive, termos os maiores volumes de exportação, o que mostra a importância social e econômica do tabaco”, destacou.

O presidente da Afubra, Marcilio Drescher, falou sobre a estimativa inicial para a safra 2025/2026 sul-brasileira que aponta para uma produção de 685.274 toneladas, reunindo as três variedades: Virgínia, 619.969 toneladas; Burley, 54.979 toneladas; e Comum, 10.326 toneladas. “Temos uma redução com relação à safra passada, onde tivemos, em média, uma produtividade normal e boa em quase todas as regiões. Porém, o tabaco em algumas regiões já sido afetado por questões climáticas, portanto, estima-se uma produtividade menor do que uma normal. Nesses últimos dias tem se acentuado problemas climáticos. Em algumas regiões falta chuva, outras têm chuvas acentuadas e muito granizo”.

As reuniões em 2026 estão previstas para os dias: 23 de março, na véspera da 24ª Expoagro Afubra, em Rio Pardo/RS; 15 de julho e 11 de novembro, em Brasília.

Fonte: Assessoria de Imprensa Afubra