O ‘peso’ do tabaco em retorno financeiro para Venâncio Aires continua subindo. Em 2021, no Valor Bruto da Produção Agrícola (VBPA), representou 42% do total, com R$ 177,7 milhões. Já em 2022, com R$ 280,4 milhões, alcançou quase a metade de todo o valor, com 49%. E, em 2023, até o fim de agosto, as vendas já tinham chegado a R$ 284,2 milhões, representando, naquele momento, 60% do total do VBPA. De acordo com dados da Emater, a cultura deve contribuir para o município romper a barreira dos R$ 600 milhões neste ano.
Considerando a safra 2022/23, portanto já finalizada, Venâncio manteve sua posição no pódio dos maiores produtores de tabaco do sul do Brasil. Conforme a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), o município seguiu na terceira posição. Embora o número de famílias produtoras tenha caído um pouco em relação à safra anterior, quando eram 3.711, na temporada 2022/23 as 3.530 famílias plantaram em uma área maior e também colheram mais: foram 7.798 hectares na Capital Nacional do Chimarrão e 17.779 toneladas. Na temporada 2021/22, o cultivo foi em 7.692 hectares, que resultaram em 16.948 toneladas.
Com as mais de 17,7 mil toneladas da safra mais recente finalizada, Venâncio ficou atrás de Canguçu, no Rio Grande do Sul (21.063 toneladas), e São João do Triunfo, no Paraná (20.058 toneladas), municípios que já lideravam o ranking nacional no ano passado e aparecem no topo há bastante tempo.
Assim como acontece nos últimos anos, está diminuindo o número de famílias produtoras. São quase 400 famílias venâncio-airenses a menos na comparação com a safra 2020/21, quando eram 3.926 famílias. O número não surpreende produtores e entidades representativas, já que se trata de um movimento gradativo e geral, também registrado em outros municípios, ao mesmo tempo em que se busca maior valorização pela qualidade.
