Um refúgio nos fundos de casa

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Sempre cheio de vitalidade e disposição, Astor Frantz, 71 anos, precisou encontrar uma nova rotina em meio à pandemia da Covid-19. Pintor, Frantz teve a rotina de trabalho afetada pela pandemia e, desde março, está em casa. No entanto, mal sabia ele que a nova ocupação estava no quintal da casa do filho, que é vizinho dele.

É no cultivo da horta, que conta com mais de 300 mudas de hortaliças, que ele encontra uma ocupação prazerosa e repleta de benefícios. “Não preciso comprar nada no mercado, cultivo tudo aqui”, observa, orgulhoso dos resultados.

Casado há 51 anos (completados neste domingo) com Marlene, Frantz acompanhou a esposa trabalhando com a costura em casa no início da pandemia. Como ela já retomou com as atividades na empresa em que trabalha, Frantz precisa dividir a rotina com o preparo do almoço, cuidado com o pátio e a horta.

“Não tem coisa mais bonita do que cultivar essa horta.”

ASTOR FRANTZ – Morador do bairro Aviação

Morador da casa número ‘01’ do bairro Aviação, Frantz conta que o casal sempre foi ativo. Antes da pandemia, dedicavam os fins de semana para fazer passeios, além de participar da sociedade de damas e cavalheiros. “Quando a pandemia passar, vamos ter que visitar os conhecidos todos os fins de semana”, conta, entre risos. Mas, enquanto isso não acontece, ele que tem horta há 15 anos em um terreno nos fundos da casa do filho, ampliou a produção e estendeu os cuidados neste ano. “São cerca de mil mudas plantadas ao longo do ano”, enfatiza.

Hortaliças para todos

As produções de alface, repolho, rabanete, tomate, cenoura, brócolis, couve-flor e das frutas são divididas entre os vizinhos. Além de garantir a salada para os três filhos, Gerson, Solange e Vanderli, ele divide as colheitas da horta com os irmãos e vizinhos.

O trabalho com a horta, de acordo com Frantz, é o ano todo. “Começo o plantio em março e sigo até dezembro. Nos meses de janeiro e fevereiro preparo a terra para receber o novo plantio”, diz. Para ele, essa foi uma forma para ocupar a cabeça. “Muitas pessoas sentiram os reflexos de ter que ficar em casa, isolados durante à pandemia, com problemas psicológicos”, disse.

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