Uma vida dedicada à família e ao interior

-

Sentados na varanda de casa, o casal Armindo e Helena Maria Böhm, de 82 e 79 anos, ainda mantêm vivas as lembranças de cinco décadas atrás, quando iam cedo para a roça plantar tabaco.

Nascido em Linha 17 de Junho, Armindo nem imaginava que um dia iria construir uma família ao lado da atual esposa, que conheceu há mais de 60 anos e com quem teve quatro filhos: Rosvita, Veralice, Sérgio e Marilei. “Nosso primeiro encontro foi em um baile, no salão de Linha Cecília”, recorda Helena, aos 79 anos.

Após o casamento, em 1962 o casal foi construir uma família em Vila Santa Emília, interior de Venâncio Aires, localidade que já fazia parte da infância de Helena, pois ela e seus familiares sempre viveram no local. “Primeiro moramos nos fundos, na casa do meu sogro, e depois, construímos o nosso lar, onde criamos os nossos quatro filhos e vivemos até hoje”, comenta Armindo, de 82 anos. Um lugar tranquilo que tem um significado muito importante para a família. “Gosto muito desta localidade, eu não vou sair daqui enquanto eu puder”, complementa Helena.

Três meses antes do casamento, Armindo e Helena conciliavam a agricultura, principalmente o plantio do tabaco, com a prestação de serviços de construção civil. Antes de se mudar para Santa Emília, ele já trabalhava como pedreiro, profissão que desempenhou durante 45 anos. “Logo que casamos, ela [a esposa] ficava na roça, atrás do arado, porque naquela época não tinha trator, para me dedicar às construções”, relembra o aposentado. Durante este período, Armindo construiu várias casas em Venâncio Aires, inclusive os frigoríficos Kroth, que fica próximo à sua casa, em Santa Emília, o Roehl, em Linha Sapé, e o Reiter, de Mato Leitão. Um trabalho que trouxe muito orgulho a ele e a toda a família, que recorda com gratidão desta época. O casal plantou tabaco por três anos e, atualmente, cultiva milho, soja, aipim e batata, somente para consumo.

Helena e Armindo costumam tomar chimarrão juntos todas as manhãs, na área de casa. (Foto: taiane Kussler/Folha do Mate)

Leitores da Folha do Mate há quase 50 anos

Incentivados pelo irmão de Helena, o professor Edgar José Fröhlich (já falecido), o casal começou a assinar a Folha do Mate. Na época, os filhos mais velhos, Rosvita, 58 anos, e Veralice, 57 anos, eram alunos do tio, na escola Estadual de Ensino Fundamental São Luiz, em Santa Emília. “Meu irmão me disse que deveríamos assinar a Folha, porque no jornal sempre tinham coisas para os alunos pesquisar e estudar”, recorda Helena, emocionada ao lembrar do irmão.

A leitura da Folha é uma rotina que se mantém até hoje na família. “Quando eu vejo o entregador na estrada eu já vou indo lá para pegar o jornal”, conta a aposentada, que costuma ler as matérias ‘por cima’ para depois aprofundar a leitura. “Durante as manhãs tomamos o nosso chimarrão na área e, ela já dá uma olhada no jornal. À tarde, ela pega de novo para ler as notícias”, conta Armindo, o esposo e companheiro de Helena por quase seis décadas. Em 19 de julho, o casal comemora 60 anos de casados, ao lado dos quatro filhos, oito netos e três bisnetos.

LEIA MAIS:

A safra de uva em Linha Barbosa

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido