O período inicial das contratações dos trabalhadores sazonais nas indústrias do tabaco deverá ser antecipado neste ano. Com a demanda reprimida dos últimos anos, por conta das restrições ao número de trabalhadores nas linhas de produção, impostas pela pandemia da Covid-19, a projeção para a safra 2022 na indústria revela que as contratações poderão estar concluídas até o mês de abril, antecipando em quase dois meses o processo.
A projeção é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Gualter Baptista Júnior. Segundo ele, a tendência é que, no mês de março, no qual o volume de contratados no ano passado era de 40%, para este ano, o percentual seja o dobro. “No ano passado, exatamente no período em que os trabalhadores sazonais seriam chamados, vivemos o pior momento da pandemia até aqui. Foram oito semanas em que as indústrias tiveram que trabalhar com número limitado de funcionários, isso foi crucial para o desempenho do ano passado”, avalia o presidente.
Baptista Júnior explica que como consequência, foi registrada uma queda de 9% no volume das contratações na safra do ano passado. “Neste ano será diferente, pois a indústria precisa de rapidez. Por isso haverá uma aceleração nos contratos, o que fará a safra ser antecipada.”
A projeção do Stifa mostra que até o mês de fevereiro o volume de contratos alcance a casa dos 50%. Segundo em março, 80% e em abril, as indústrias deverão atingir o pico das contratações, com 100% dosa safreiros já atuando nas linhas de produção. “Com isso podemos prever também que o período de contratações encerrará mais cedo, por volta do mês de agosto, diferente do ano passado, que foi estendido até novembro”, pontua.
AUMENTO NAS CONTRATAÇÕES
Além de iniciar mais cedo, a projeção de safreiros para a temporada 2022 revela que a quantidade de mão de obra deverá crescer, para igualar-se ao período pré-pandemia. Conforme o presidente do Stifa, a tendência é que o aumento fique na casa dos 8 aos 10%. “Será uma safra mais curta, quando comparada com a passada, porém com um fluxo maior de mão de obra. Acreditamos que deverá ser uma retomada dos empregos temporários, pois a indústria está com uma demanda reprimida para contratações”, acrescenta o presidente Gualter Baptista Júnior.
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