O sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos em duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação.
O código foi criado pelo francês Louis Braille (1809-1852), que perdeu a visão aos três anos, em um acidente na oficina de seu pai. Aos 16 anos, soube de um sistema de leitura no escuro para uso militar, e o adaptou para o uso de pessoas cegas ou com baixa visão. A leitura é feita da esquerda para a direita, ao toque de uma ou duas mãos ao mesmo tempo.

O Brasil conhece o sistema desde 1854, data da inauguração do Instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro. Fundado por D. Pedro II, o instituto já tinha como missão a educação e profissionalização das pessoas com deficiência visual.
COMO UTILIZARPara ler em braile, basta que se conheça os símbolos. Para escrever, é necessário um pouco mais de técnica. São utilizados dois instrumentos chamados ‘reglete’ e ‘punção’. A reglete é uma placa de metal com orifícios em uma de suas faces. O papel, um pouco mais grosso que o comum, é colocado em cima dessa placa e pressionado com o punção, um instrumento semelhante a uma agulha, mas com a extremidade arredondada, para que, ao pressionar o papel contra os orifícios da reglete, este não seja perfurado, e sim apenas marcado. O papel é marcado da direita para a esquerda, no sentido contrário ao da escrita. Ao terminar, o papel é virado e pode-se ler normalmente.
Há computadores que já conseguem traduzir do braile e para o braile, e inclusive, imprimir páginas em frente e verso, reconhecer voz e transformá-la em braile. Há também capas para teclado com as teclas em braile. Estas se encaixam no teclado de modo que o cego pode digitar normalmente.
Fontes: InfoEscola e Revista Escola