Após um dia de protestos pelo parcelamento so salário de julho de 48% dos servidores estaduais, o governador José Ivo Sartori reuniu representantes do Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas, para tratar das finanças do Estado. Ao final do encontro, que durou cerca de três horas, Sartori anunciou a criação de um grupo de trabalho para avaliar a situação econômica do Estado e “encontrar saídas” para a crise.
Com o objeto de, segundo o governador, “olhar toda a realidade financeira do Rio Grande do Sul e trabalhar para encontrar as alternativas que são necessárias”, o comitê terá dois representantes do Ministério Público, Tribunal de Contas, Defensoria Pública, Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça, além do Executivo estadual. “Pedimos a contribuição dos outros poderes, assim como pedimos para a sociedade”, disse Sartori, que completou: “Não podemos adentrar na vida dos outros poderes. Cada um tem a sua autonomia, e nós respeitamos isso”, disse.
Sartori voltou a pedir compreensão da população frente à situação financeira e disse entender as manifestações que ocorreram nesta segunda-feira. Contudo, disse que não será apenas “um governo que vai solucionar os problemas financeiras” e completou: “Espero que ninguém se desespere”.
Enquanto isso…
Durante Coletiva de imprensa, Sartori não abriu sobre os próximos pagamentos do funcionalismo público. Também não respondeu quando perguntado o motivo de não estar presente na entrevista coletiva na sexta-feira, 31, quando os secretários da Fazenda e da Casa Civil anunciaram o parcelamento dos salários. Também evitou comentar a viagem que fez no final de semana em plena crise. O governador também não falou quais, nem quando serão enviados os projetos para reestruturação do Estado para a Assembleia.