Pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), de Porto Alegre, a pedido da Prefeitura de Venâncio Aires, avaliou o comportamento da população frente ao coronavírus, o nível de informação sobre a doença e a avaliação das ações do Município no combate à Covid-19. Entre os entrevistados, 97,7% afirmaram cumprir algum grau de distanciamento social.
O levantamento abrangeu 300 moradores da cidade e do interior, entre os dias 24 e 26 de abril, com entrevistas por telefone. De acordo com a pesquisa, os que só saem quando é inevitável são 46%, enquanto os que saem de casa para trabalhar ou fazer outras atividades, mas tomam cuidado, são 41,3%. Além disso, 9,7% disseram estar totalmente isolados, sem sair de casa de jeito nenhum. Na contramão, 2,3% afirmaram estar vivendo normalmente, sem nenhuma mudança na rotina.
Entre as pessoas que só saem quando é inevitável está Francini Luziana Malmann, 32 anos, que está em quarentena desde o dia 19 de março. Residente no bairro Grão-Pará, ela mora com a filha Alícia, de apenas 7 meses, a mãe, de 69 anos, que pertence ao grupo de risco da Covid-19, e o marido, de 37 anos – única pessoa da casa que continua trabalhando.
Acostumada com a rotina corrida de levar a filha para a creche e ir trabalhar, Francini afirma que está sendo uma experiência diferente ficar só em casa. “Quando meu marido não pode fazer algo, eu vou no mercado e, às vezes, dou uma volta com a Alícia de carro, para ela sair um pouco também”, explica. A pequena que recém havia se adaptado na escola de educação infantil, também sente falta. “Ela percebe a mudança da rotina e também estranha. Depois teremos que nos readaptar à vida corrida”, comenta.
Além de ficar muito tempo em casa, a família também toma outras cuidados para não se contaminar com o coronavírus. “Se saio, estou com máscara e levo álcool em gel. Meu marido chega para almoçar, lava as mãos, troca de roupas e passa o álcool em gel. Tudo porque temos que manter nossa saúde em dia.”
BASE PARA AÇÕES
Na avaliação do prefeito Giovane Wickert, além de mostrar que quase todas as pessoas adotam alguma medida de distanciamento social, como forma de prevenção ao coronavírus, a pesquisa indicou que há grau de conhecimento dos venâncio-airense sobre a doença e sobre as ações que o Município tem feito para conter o avanço da Covid-19.
“A pesquisa revelou dados importantes para ver onde estamos acertando e nos ajuda a ajustar a dose das medidas. Assim como o Governo do Estado, que busca dados científicos para tomar decisões, o Município busca a informação científica para que possa agir, com a flexibilização ou restrição de medidas”, explica.
A coordenadora de Comunicação e Marketing da Prefeitura, Adriene Antunes, acrescenta que, além de avaliar questões técnicas voltadas ao controle do coronavírus, a pesquisa também aponta a importância da comunicação, neste momento de pandemia. “Percebemos, que em sua maioria, a população está atenta, informando-se, cuidando-se e saindo quando necessário, mas utilizando máscara e álcool gel. Em meio a isso, destaca-se a importância do papel dos meios de comunicação e da comunicação pública.”
ALGUNS TÓPICOS DA PESQUISA
Informação
79,8% dos entrevistados disseram ter informação sobre procedimentos de cuidado e prevenção à Covid-19.
Para 53% dos pesquisados, as mídias tradicionais (jornal, rádio e TV) são os principais meios de informação, enquanto 43% disseram se informar pelas mídias digitais, 2,3% se informam pessoalmente e 1,3% não se informam/não sabem.
Medo da população em relação à Covid-19
Muito medo – 30%
Pouco medo – 42,7%
Não tem medo – 26,7%
Não sabe – 0,7%
Avaliação de como a Prefeitura vem conduzindo o enfrentamento ao coronavírus
84,3% – aprovam
11,3% – não aprovam
Sobre a montagem do hospital de campanha no Pavilhão São Sebastião Mártir
42,3% – sabiam
33% – ouviram falar
24,7% – não tiveram conhecimento
Preocupação com o coronavírus
55,7% – acreditam que a população de Venâncio está menos preocupada do que deveria
29,7% – consideram que os venâncio-airense estão mais preocupados do que deveriam
10,6% – acham que estão preocupados na medida certa
4% – não souberam responder