Baseado no Estatuto do Idoso e em leis de atendimento domiciliar aos idosos e pessoas com deficiência, o dentista e vereador André Puthin (MDB) sugere à Administração de Venâncio Aires a aquisição de uma cadeira odontológica portátil – ou modalidade home care -, equipamento que conta com banqueta, compressor, iluminação e assento. O objetivo é auxiliar no atendimento de pessoas com dificuldades de locomoção e que não conseguem se deslocar para uma unidade básica de saúde.
Segundo Puthin, a ideia veio do período em que atuou no Exército. O Conselho Municipal de Saúde aprovou a iniciativa em 2005, mas ela ainda não foi colocada em prática. “Por vezes, preciso improvisar nos atendimentos. Uma vez, um familiar do paciente precisou segurar uma lanterna para que eu pudesse trabalhar”, relembra.

O custo do equipamento varia entre R$ 10 mil e R$ 40 mil e, a partir de emendas impositivas dos vereadores Benildo Soares (Republicanos) e André Puthin (MDB), a demanda deve ser suprida em breve. A meta é realizar os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Sim, com uma ambulância é possível ajudar os pacientes, mas qual a necessidade de utilizar uma ambulância, que poderia estar em um atendimento mais urgente, se existe outra possibilidade?”, indaga o dentista.
Necessidade
A moradora do bairro Coronel Brito, Maria Deledi Mattos da Silva, de 67 anos, é uma das pacientes que necessitam de atendimento odontológico domiciliar. Após passar 21 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em março deste ano, ela se recuperou, mas precisou da utilização contínua de dois cilindros de oxigênio.
Segundo Maria, é impossível ficar um minuto sequer sem os aparelhos, o que dificulta o deslocamento para postos de saúde, hospitais ou consultórios. “Atualmente, ainda não precisei utilizar essa cadeira odontológica, mas se a situação se agravar, seria a única possibilidade”, destaca. Ela torce para que seja adquirido o equipamento, para ajudar a população e os profissionais odontológicos. “Ninguém merece sentir dor de dente”, complementa.
O secretário de Saúde, Tiago Quintana, informou que irá estudar a viabilidade de atendimento da demanda.