Montado em 20 de março, com o objetivo de reduzir o fluxo de pacientes com sintomas de doenças respiratórias nos postos de saúde e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e evitar a propagação do coronavírus, o Centro de Atendimento Respiratório já atendeu mais de 570 pessoas. Em abril, foram 276 consultas, uma média de 69 por semana.
O espaço, no Pavilhão São Sebastião Mártir, funciona de segunda a sexta-feira e é voltado a pacientes com febre e sintomas respiratórios mais leves, como tosse e coriza (sem falta de ar ou doenças crônicas associadas). No local, atuam técnico em Enfermagem, enfermeiro e médico.
De acordo com o secretário de Saúde, Ramon Schwengber, em sua maioria, os pacientes atendidos no local apresentam casos leves de síndromes gripais. Além disso, muitas pessoas buscam apenas uma orientação para sanar dúvidas.
“Casos pontuais e que necessitam maior atenção são encaminhados para UPA ou hospital, conforme necessidade. Todos os pacientes que recebem orientação de isolamento após o atendimento são monitorados pela Vigilância Epidemiológica e, quando indicado, esta equipe realiza o teste rápido do coronavírus”, explica.
O secretário esclarece que os custos de manutenção do espaço são mínimos, pois o pavilhão foi emprestado pela Paróquia São Sebastião Mártir, e os profissionais são da própria rede de saúde do município. “Até o momento, não gastamos nem R$ 2 mil. Tivemos muitas doações, mas claro que isto pode aumentar se formos melhorando a estrutura”, comenta.
HOSPITAL DE CAMPANHA
Junto ao Centro de Atendimento Respiratório foram montados leitos, para um possível hospital de campanha, caso, futuramente, o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) não consiga absorver toda a demanda de pacientes com Covid-19.
Pesquisa realizada pelo Instituto Pesquisas de Opinião (IPO), a pedido da Prefeitura, mostrou que 75,3% dos entrevistados têm conhecimento sobre a montagem do hospital de campanha.
Na edição de terça-feira, 5, a Folha do Mate divulgou o dado de forma equivocada. A informação correta é de que 42,3% das pessoas ouvidas “sabiam” sobre o espaço e 33% “ouviram falar”, enquanto apenas 24,7% “não tiveram conhecimento”. Com relação às ações do Município no enfrentamento do novo coronavírus, 84,3% dos entrevistados disseram aprovar as medidas.