O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) conseguiu algo que apenas 26 hospitais entre 312 no Rio Grande do Sul já conseguiram: um certificado atestando a qualidade e a segurança da assistência em saúde. Com a chamada ‘acreditação’, a expectativa da casa de saúde é confirmar um ganho na padronização e, ao mesmo tempo, que os gastos desnecessários sejam evitados.
Essas ações práticas passam, principalmente, pela conduta terapêutica em relação ao paciente. “Esse primeiro nível de acreditação está relacionado com a segurança. Não é algo ‘palpável’ para a comunidade, mas significa maior segurança na organização dos processos, nas compras de itens e no uso de medicamentos, por exemplo. Se tem maior clareza sobre o funcionamento, porque tudo é padronizado”, explicou a gerente de Qualidade, Susan Artus Dettenborn.
O processo começou ainda em 2018 e, desde então, foram necessários investimentos na capacitação de funcionários e melhorias na estrutura física. Uma das novidades é a sala de Engenharia Clínica, um setor novo destinado à manutenção preventiva e corretiva de equipamentos. É lá que são calibrados e verificados itens como bombas de infusão, respiradores, monitores, verificadores de pressão e desfibriladores. O trabalho cabe a técnicos da HW Center, de Porto Alegre, empresa terceirizada que agora tem profissionais todos os dias trabalhando dentro do HSSM.
Impacto
Para o administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira, a acreditação também vai impactar na satisfação do paciente. “Com todos os processos de um prontuário com padrão, o risco de erros é muito pequeno. O hospital ganha em serviços que não precisam ser refeitos.”
Além da diminuição de custos SUS, Siqueira entende que a certificação deve contribuir para um aumento nas receitas. “Quem tem condições de pagar convênio ou particular, não precisa sair de Venâncio, porque temos a mesma qualidade que outros hospitais da região.”
Entenda
O HSSM, a partir de agora, é acreditado nível um (são três) e comprovou padrões definidos pela Organização Nacional de Acreditação (ONA). No município, foi o Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (IBES), de São Paulo, que aplicou a metodologia, no início de dezembro.
O certificado tem validade de dois anos. Em dezembro de 2023, o hospital poderá passar por um novo processo de avaliação para ver se mantém o nível um ou se buscará o nível dois (pleno), certificação essa que hoje tem o Hospital Estrela.
Além do Estrela e do HSSM, mais dois nos Vales do Rio Pardo e Taquari têm a acreditação. Completam o seleto grupo o Hospital Santa Cruz (nível 1, conquistado em novembro) e o Hospital Bruno Born, de Lajeado, que já tinha a certificação de excelência, que é o nível 3.