Comitê de Prevenção dos Suicídios de Venâncio realiza evento no dia 19

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Com o objetivo de oferecer um lugar de acolhimento, pertencimento e conversa aberta, sem tabus e sem julgamentos, o Comitê Municipal de Prevenção dos Suicídios de Venâncio Aires organizou para este ano o I Encontro de Sobreviventes Enlutados por Suicídio. A atividade está agendada para o dia 19 deste mês, um sábado, das 14h às 16h, no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (Caps AD), localizado na rua Visconde do Rio Branco, 1495, Centro do município.

A ação, promovida por causa da campanha Setembro Amarelo, que alerta sobre a prevenção ao suicídio, será realizada ao ar livre e seguirá todas as orientações de distanciamento social e o uso de máscara. As inscrições para o encontro podem ser feitas no por meio do envio de mensagem para a página no Facebook do Comitê e no perfil do Instagram (@comitesuicidiova).

De acordo com a enfermeira e coordenadora do Comitê Municipal de Prevenção dos Suicídios, Patrícia Antoni o grupo resolveu realizar o encontro porque estava sentindo dificuldade de encontrar formas de falar com esses sobreviventes [pessoas que foram impactadas de alguma forma pelo suicídio de alguém] e de disponibilizar um espaço de acolhimento e escuta a eles.

“O encontro é uma forma voluntária de pedir ajuda e não uma intromissão de pessoas estranhas em um assunto tão delicado.”

PATRÍCIA ANTONI – Coordenadora do Comitê Municipal de Prevenção dos Suicídios

“Segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde] a cada um suicídio de 10 a 20 outras pessoas serão afetadas por ele, sejam elas familiares, pessoas do convívio escolar, do trabalho ou vizinhos. Todos são afetados”, explica. Patrícia ainda observa que em Venâncio Aires, infelizmente, o suicídio é muito banalizado e ter alguém da família que suicidou é comum. “Mas poucas pessoas falam em como isso afeta as suas vidas. O silêncio predomina e os sentimentos desses sobreviventes não são acolhidos”, avalia.

De acordo com a profissional, o Comitê iniciou há pouco tempo um trabalho de acompanhamento dos casos registados no município. A ação ocorre por meio de visitas aos sobreviventes logo que suicídio acontece, junto dos profissionais do serviço de saúde mais próximo. “A visita acontece com o intuito de deixar o Comitê e o serviço de saúde à disposição para um suporte de acolhida e escuta e, se necessário, encaminhamento aos CAPS ou outros serviços necessários”, explica Patrícia. Contudo, com os casos mais antigos de suicídio no município, o grupo não está conseguindo realizar esse trabalho.



Taís Fortes

Taís Fortes

Repórter da Folha do Mate responsável pela microrregião (Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale Verde) e integrante da bancada do programa jornalístico Terra em Uma Hora, da Terra FM

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