O coronavírus não foi embora e o cenário da pandemia segue, mas ao fazer algumas comparações, fato é que os dias já podem ser considerados melhores em relação ao início de 2021. Isso reflete nos números da saúde pública de Venâncio Aires no mês de abril. O último mês registrou uma queda nas consultas em unidades de saúde e nas internações hospitalares de clínica geral, na comparação com março – o período mais complicado desde o início da pandemia.
A partir de relatórios fornecidos pela Secretaria Municipal de Saúde e pelo Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), o número que mais chama atenção é o das internações. Só em Clínico Geral, onde estão incluídas as ‘baixas’ por Covid, foram 180 em abril contra 251 em março – queda de 29%. A prova que o terceiro mês do ano destoou de tudo, também está na comparação com janeiro e fevereiro, quando foram 120 e 169 internações Clínico Geral, respectivamente.
Consultas
De acordo com o relatório de consultas de todas as unidades de saúde, incluindo postos, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e hospital, a procura por atendimento caiu. Enquanto março foram 18.377, em abril houve 16.683 – queda de quase 10%.
No caso específico da UPA, os números praticamente não variaram (3.509 pacientes em março e 3.503 em abril), mas o diferencial foi o tipo de atendimento. “Teve uma complexidade nunca vista, onde chegamos a ter 22 pessoas internadas na unidade no mesmo dia. Com certeza, março de 2021 foi marcado como o mês no qual enfrentamos as maiores dificuldades já vividas na unidade, com alta complexidade dos casos atendidos e também pelo número de óbitos”, destaca o superintendente administrativo da UPA, Rodrigo da Silva.
Já no Centro de Atendimento Respiratório (CAR) que funciona junto à UPA desde o dia 5 de março, foram 1.071 pacientes atendidos no primeiro mês e 977 em abril. Vale lembrar que o CAR atende de segunda a sexta-feira e não houve atendimentos excepcionais aos sábados e domingos.
Projeção
Quanto a maio, o superintendente administrativo da UPA, Rodrigo da Silva, menciona que já se observa um aumento nos atendimentos. “Os números estão começando novamente a subir, devemos chegar já em maio a uns 4,5 mil atendimentos na UPA e em torno de mil no CAR. Os pacientes estão voltando a buscar atendimentos básicos e pouco urgentes em maior número, de acordo com a classificação de risco.”
Internações
Ao considerar todas as internações no HSSM por especialidades (Pediatria, Clínico Geral, Psiquiatria, Cirurgia Geral, Obstetrícia, Cardiologia e Traumatologia), houve aumento de 440 para 450 entre março e abril (2%). Nesse caso, a explicação passa pela retomada das cirurgias eletivas.
