Oxigenação pode ser controlada em casa, com um aparelho portátil (Foto: Divulgação)
Oxigenação pode ser controlada em casa, com um aparelho portátil (Foto: Divulgação)

Paralelamente ao aumento do número de casos registrado nas últimas semanas, outro fator tem preocupado profissionais de saúde: a gravidade com que alguns pacientes chegam ao hospital. De acordo com a infectologista Sandra Knudsen, isso dificulta o tratamento, exigindo a internação na UTI e, às vezes, levando à morte. “Quem não melhorar no fim da primeira semana dos sintomas, com febre, muito prostrado ou com tosse, precisa procurar o médico mesmo que não tenha falta de ar, principalmente quem é do grupo de risco”, alerta.

Para a médica, entre as medidas que podem auxiliar no tratamento está o controle da oxigenação do sangue, cuja taxa normal fica em torno de 97%, 98%. “A queda da oxigenação é o sinal mais precoce. A pessoa não sente nada de falta de ar, mas a oxigenação começa a cair para 96%, 95%. É um sinal de que a doença está evoluindo, provavelmente com pneumonia. Esse é o momento de atender essa pessoa e começar a seguir rigorosamente a evolução que ela vai ter”, explica a profissional.

Segundo Sandra, se torna muito difícil reverter casos quando o paciente chega ao hospital já com saturação em torno de 80% ou até menos, como tem acontecido em alguns casos. “Quando chega com franca insuficiência respiratória, é muito difícil reverter o caso sem necessidade de UTI e ventilação mecânica. Esses pacientes já chegam com grande risco de óbito.”

De acordo com Sandra, o aparelho que verifica a oxigenação do sangue é simples de usar e pode ser utilizado pelo próprio paciente, em casa. “Temos conversado para aumentar a capacidade de acompanhamento domiciliar realizado pela equipe do Município, para pacientes com Covid com pneumonia.”

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Juliana Bencke

Editora de Cadernos