De olho na prevenção: coronavírus

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Desde o início deste ano, o coronavírus tem sido assunto no mundo todo. No dia 31 de dezembro de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para a doença após autoridades chinesas notificarem casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes.

O início do surto se deu com pessoas que tiveram alguma associação a um mercado de frutos do mar em Wuhan. O fato despertou a suspeita de que a transmissão desta variação de coronavírus ocorreu entre animais marinhos e humanos. Trata-se de um vírus que apresenta sintomas similares a um resfriado.

A primeira morte foi registrada no dia 9 de janeiro na China, país que hoje soma mais de 3 mil mortos e mais de 80 mil casos confirmados. Em todo o mundo, o número de mortos estava em 3.282 até a tarde de sexta-feira, 6. Segundo plataforma digital atualizada diariamente pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 768 casos suspeitos do vírus sendo investigados em 16 estados. Foram confirmados oito casos até sexta-feira.

Profissionais da saúde e Ministério da Saúde (MS) indicam medidas de prevenção, não só para o coronavírus, mas para demais doenças infectocontagiosas. Neste especial do caderno Mais Saúde, compilamos informações relevantes para evitar o possível contágio e detalhes sobre o vírus que está assustando a população de diferentes países.

SINTOMAS

O Ministério da Saúde explica que sinais e sintomas do coronavírus são semelhantes a um resfriado. Podem, também, causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias. No entanto, o coronavírus (SARS-CoV-2) ainda precisa de mais estudos e investigações para caracterizar melhor os sinais e sintomas da doença. Os principais são sintomas são: Tosse, Dificuldade para respirar, Febre

COMO SE PREVENIR

• Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.

• Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.

• Evitar contato próximo com pessoas doentes.

• Ficar em casa quando estiver doente.

• Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.

• Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.

• As orientações são do Ministério da Saúde, que também informa que profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

FORMAS DE TRANSMISSÃO

Segundo o Ministério da Saúde, as investigações sobre as formas de transmissão do coronavírus ainda estão em andamento, mas a contaminação por gotículas respiratórias ou contato, está ocorrendo. Qualquer pessoa que tenha contato próximo (cerca de 1 metro) com alguém com sintomas respiratórios está em risco de ser exposta à infecção.

Ainda não está claro com que facilidade o coronavírus se espalha de pessoa para pessoa.
Apesar disso, a transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas como gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro, contato pessoal ou com superfícies contaminadas.

INCUBAÇÃO

O período médio de incubação por coronavírus é de 5 dias, com intervalos que chegam a 12 dias, período em que os primeiros sintomas levam para aparecer desde a infecção.

A transmissibilidade dos pacientes infectados por SARSCoV é em média de sete dias após o início dos sintomas. No entanto, dados preliminares do coronavírus (SARS-CoV-2) sugerem que a transmissão possa ocorrer mesmo sem o aparecimento de sinais e sintomas. Até o momento, não há informações suficientes de quantos dias anteriores ao início dos sinais e sintomas uma pessoa infectada passa a transmitir o vírus.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou indução de escarro). É necessária a coleta de duas amostras na suspeita do coronavírus, elas são encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra para análise de metagenômica.

Para confirmar a doença é necessário realizar exames de biologia molecular que detecte o RNA viral. O diagnóstico do coronavírus é feito com a coleta de amostra, que está indicada sempre que ocorrer a identificação de caso suspeito.

TRATAMENTO

Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano. É indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como utilização de medicamento para dor e febre e uso de umidificador no quarto.

ALERTA

Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento. Todos os pacientes que receberem alta durante os primeiros sete dias do início do quadro (qualquer sintoma independente de febre), devem ser alertados para a possibilidade de piora tardia do quadro clínico e sinais de cuidado de complicações como aparecimento de febre (podendo haver casos iniciais sem febre), elevação ou reaparecimento de febre ou sinais respiratórios, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), dor pleurítica (dor no peito), fadiga (cansaço) e dispnéia (falta de ar).



Cassiane Rodrigues

Cassiane Rodrigues

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), atua com foco nas editorias de geral, conteúdos publicitários e cadernos especiais. Locutora da Rádio Terra FM, tem participação nos programas Terra Bom Dia, Folha 105 1° edição e Terra em Uma Hora.

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