A família de um transplantado de Venâncio Aires procurou a Folha do Mate para relatar a falta de um medicamento fornecido pelo Estado e distribuído junto à Farmácia Municipal. Trata-se do Tacrolimo 1mg (um imunossupressor), usado por homem de 61 anos, que não quis se identificar.
Ele transplantou o fígado há cinco anos e, desde então, usa as cápsulas todos os dias (três pela manhã e dois à noite). O uso é contínuo e, caso haja interrupção, pode ocorrer a rejeição do órgão.
Conforme informações da família, nunca houve a falta, mas já são cerca dois meses que o homem não recebe o medicamento receitado. Nesse meio tempo, o tratamento segue porque o médico, de Porto Alegre, conseguiu as cápsulas.
A reportagem contatou a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), em Santa Cruz do Sul, e a informação é de que está tudo dentro da normalidade e não houve reclamação recente sobre falta de medicamentos fornecidos pelo Estado. “Na segunda-feira, inclusive, estaremos recebendo novo estoque do Tacrolimo”, informou a coordenadora, Mariluce Reis.
Na Farmácia Municipal, que faz a distribuição do que vem do Estado, a informação é de que o medicamento está em falta há cerca de dois meses, mas a expectativa é que uma nova remessa esteja em Venâncio Aires, no máximo, entre terça, 10, e quarta-feira, 11.
TRACOLIMO
Tacrolimo é um fármaco imunossupressor da classe dos inibidores de calcineurina, usado principalmente após transplante de órgão para reduzir a atividade do sistema imune e, assim, reduzir o risco de rejeição.
