Hospital de Venâncio conta com equipamento de ventilação não invasiva

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A dificuldade respiratória é uma das principais características em casos mais graves de pacientes que contraem o coronavírus. Para suprir essa falta de ar, muitas vezes o caminho é o uso da ventilação mecânica, feita de forma ‘invasiva’, com um tubo que desce pela boca até a traqueia.

Mesmo quem ainda não passou por isso, imagina o quanto pode ser desconfortável. Em Venâncio Aires, a possibilidade de um tratamento mais ‘ameno’ já é realidade. Na prática, ele funciona desde setembro, quando foram adquiridos dois equipamentos de Ventilação por Terapia de Alto Fluxo Nasal para a UTI Covid no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM).

Com eles, tem se evitado alguns processos de intubação e fatores que podem gerar complicações para a saúde, como o risco de um caso agravar para pneumonia. Mas o mecanismo é diferente da ventilação convencional não apenas por não ser invasiva. É porque proporciona suporte ventilatório de gás aquecido e umidificado por meio de um cateter nas narinas – a cânula nasal Optiflow. “O fluxo de oxigênio é maior e é de até 60 litros por minuto, sendo que a tradicional geralmente é de 5 litros”, explicou a médica e coordenadora da UTI, Jacqueline Froemming.

A sugestão da compra do Airvo 2, como é chamado o aparelho, partiu da equipe de intensivistas e demais profissionais que trabalham na UTI de Venâncio. “É uma alternativa importante para evitar que o paciente seja intubado, porque a ventilação invasiva precisa de sedação e ficar no leito. E com a outra não, o paciente pode conversar e comer normalmente, por exemplo.”

Recurso

Cada equipamento custou R$ 39,185 mil, mas o valor não saiu do bolso da Prefeitura, nem do hospital. Eles foram adquiridos com as receitas específicas para o enfrentamento à Covid. Embora tenham vindo para essa finalidade, não quer dizer que sejam exclusivos para a situação e podem ser usados para o tratamento de pacientes com outras doenças que afetam o sistema respiratório.

Curiosidade

O deputado federal Osmar Terra (MDB), internado há alguns dias em Porto Alegre devido ao coronavírus, tem sido tratado com a mesma técnica usada no HSSM. Com parte da capacidade pulmonar comprometida, Terra foi submetido ao procedimento de alto fluxo, no qual a máquina leva uma concentração maior de oxigênio aos pulmões.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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