Hospital de Venâncio quer renegociar empréstimo com a Caixa Federal

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Na constante busca para diminuir seu déficit, o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) quer renegociar o maior empréstimo que tem junto a instituições financeiras. Os R$ 10 milhões financiados com a Caixa Econômica Federal têm gerado um custo mensal considerado pesado pela instituição (cerca de R$ 187 mil) e o objetivo é baixar esse valor.

Segundo o administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira, a proposta é que seja alterada a modalidade da operação de crédito do formato pós-fixado para pré-fixado. Isso significa que os juros já terão um valor fixo e pré-determinado e não definido conforme o movimento da Selic, a taxa média dos empréstimos feitos entre bancos.

“Há cerca de dois anos, esse mesmo financiamento foi renegociado para o pós-fixado porque a Selic era muito mais baixa, um juro muito baixo, então valia a pena. Mas agora, com a Selic nas alturas e juros altos, ficou caro. Com o pré-fixado deve ficar em torno de 1% de juro ao mês”, explicou Siqueira.

Na prática, isso deve diminuir a parcela de R$ 187 mil para cerca de R$ 140 mil. Embora seja uma economia importante, ela não significa ‘sobra’ no caixa do hospital, mas sim, atenua parte do déficit mensal, que hoje varia entre R$ 500 mil e R$ 700 mil. O valor não é exato porque o que também varia são as receitas e despesas – entre R$ 3,5 milhões e R$ 4 milhões, respectivamente.

Assembleia

Para apreciar e votar essa operação de crédito com a Caixa Federal, o presidente do HSSM, Juliano Angnes, convocou uma assembleia geral extraordinária. “Há alguns anos, eu sugeri uma alteração no estatuto que prevê essa apreciação quando o contrato em questão for duas vezes maior do que o faturamento mensal do hospital. Essa renegociação vai ser importante porque vai gerar economia”, destacou o presidente.

Além disso, conforme o administrador, Luís Fernando Siqueira, a própria Caixa, ao encerrar uma operação de crédito e abrir uma nova, pede, nas garantias, de que isso passe por assembleia. A reunião dos associados ocorre na próxima quarta-feira, 30, na sala de reuniões do HSSM, a partir das 17h30min, em primeira chamada, e 18h, segunda chamada.

R$ 15 milhões – é o valor aproximado que o HSSM tem financiado com instituições financeiras. São R$ 10 milhões apenas com a Caixa e o restante em outros, como Sicredi e Banrisul, por exemplo.

Outras medidas

  • Além da renegociação do financiamento bancário, o HSSM projeta outras medidas para diminuir o déficit. Elas passam pela criação de novos serviços, como implementação da ressonância magnética (já em obras).
  • Mas, segundo o administrador, Luís Fernando Siqueira, todos os setores serão analisados e a ideia também é renegociar contratos com fornecedores, serviços terceirizados e revisar até mesmo a folha de pagamento.

Sobre os recursos específicos para a Covid-19, a Administração do HSSM informou que em março houve um repasse de R$ 317 mil. No entanto, para abril, ainda não houve sinalização federal. A tendência é de que a União avalie mês a mês a necessidade do auxílio.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

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