O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) implementou em outubro uma nova modalidade no atendimento a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS): o médico hospitalista. Na prática, durante todos os dias, das 7h às 19h, um médico clínico geral atende de forma presencial. Com isso, não existe mais o sobreaviso da ‘clínica médica’, em que eram três profissionais nesse tipo de plantão a distância.
Segundo o presidente do HSSM, Luciano Spies, a ideia foi trazida pelo diretor técnico do hospital, o médico Guilherme Fürst Neto, como uma medida para ajudar a reduzir o tempo de permanência da internação. “Não se tinha um fluxo correto com horários e, com a padronização de protocolos de atendimento, isso tende a melhorar. Muitas vezes um paciente já poderia ir embora, mas a alta só acontecia no dia seguinte, que era quando o médico vinha. Nesse meio tempo era mais um leito ocupado e alimentação, por exemplo, o que gerava mais custo”, explicou Spies.
De acordo com informações da Secretaria de Saúde de Venâncio Aires, a média atual de internação SUS está em 5,1 dias e o ideal é que ela fique em 4, conforme determinação do Ministério da Saúde. Essa meta é importante para que o hospital diminua a diferença do que gasta com uma internação em relação ao que recebe do SUS. Ou seja, se um paciente ficar mais dias, quem banca o gasto extra é a instituição.
“É uma medida de qualidade. Para o hospital que deve ter uma economia reduzindo esse tempo de permanência e para o paciente, que ganha muito com um acompanhamento médico integral e presencial”, destacou Luciano Spies.
Auditoria
Além do médico hospitalista, já vinha acontecendo o trabalho de uma comissão de alta hospitalar, para agilizar os processos e também necessidades de medicamentos ou equipamentos, para o paciente que voltará para casa mas ainda depende de cuidados. Paralelo a isso, há uma auditoria de enfermagem, para verificar o uso e a demanda de medicamentos, luvas e seringas, por exemplo.
Plantão
A função do médico hospitalista não altera o funcionamento de outros plantões específicos. Com isso, o hospital segue com o trabalho presencial e 24 horas do plantonista do Pronto Atendimento, da UTI, da UTI Covid e do pediatra.
Da mesma forma, o hospitalista, que é clínico geral, não interfere no sobreaviso de outros profissionais e o plantão nesse formato permanece para a anestesia, a cardiologia, a traumatologia e a obstetrícia, por exemplo.