Assim que a foto da primeira vacina contra o coronavírus em Venâncio Aires passou a circular nas redes sociais, surgiram questionamentos sobre o fato de a enfermeira que aplicou a dose não estar utilizando luvas. A profissional em questão é a coordenadora do setor de Imunizações do Município, Patrícia Durante.
Ela explica que, em procedimentos de enfermagem, as luvas são utilizadas apenas em casos de contato com lesões ou em exames como o pré-câncer de colo do útero. “Em vacinação, nunca houve a exigência de utilizar luvas, até porque, se isso ocorrer, teríamos que trocar a luva a cada aplicação. Imagine o custo que isso iria gerar”, comenta a enfermeira, que atua há 18 anos na rede pública de saúde do município. “Não há risco de contaminação na aplicação da vacina, pois devemos lavar as mãos ou utilizar álcool gel a cada aplicação”, esclarece Patrícia.
O Informe Técnico da Campanha de Vacinação contra a Covid-19, publicado pelo Ministério da Saúde na terça-feira, 19, especifica o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para garantir a segurança dos trabalhadores e também de quem for vacinado. O documento, enviado aos municípios, define como EPI obrigatório a máscara cirúrgica.
Entre os equipamentos de proteção recomendados estão protetor facial ou óculos de proteção e avental. Quantos às luvas, o documento do Ministério da Saúde estabelece que “não está indicada na rotina de vacinação” e que deve ser utilizada somente em indicações específicas, com no caso de vacinadores “com lesões abertas nas mãos ou raras situações que envolvam contato com fluídos corporais do paciente”.