O aumento expressivo no número de casos suspeitos de dengue e a proliferação do mosquito Aedes aegypti coloca Mato Leitão em estado de alerta. Equipes da Secretaria Municipal de Saúde, da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde e do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) avaliaram o atual momento. A reunião ocorreu na terça-feira, 26, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Central.
Atualização divulgada na quinta-feira, 29, pela Secretaria de Saúde aponta que a Cidade das Orquídeas tem 55 casos suspeitos de dengue. Conforme o boletim, há uma confirmação por sorologia (amostra de sangue) e 16 pacientes positivaram por meio de teste rápido. Além disso, 43 pessoas aguardam pelo resultado de exame que está em análise no Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre.
O tempo de espera para o envio dos resultados tem ultrapassado 30 dias, tendo em vista o aumento no número de casos suspeitos da doença em todo o Rio Grande do Sul. Além de repassar orientações, os técnicos do Estado reforçaram a necessidade de serem intensificadas ações de fiscalização. Eles ainda ressaltaram a necessidade da responsabilidade compartilhada entre Poder Público e moradores.
Em Mato Leitão, as atividades de combate à dengue são coordenadas pela agente de endemias Tatiana Raquel dos Santos Jacobi e pela fiscal em Vigilância Sanitária Juliana Luísa Koch. O trabalho ainda conta com o apoio das agentes comunitárias de saúde.
Vistorias
De acordo com Juliana, sempre que um paciente apresenta resultado positivo para dengue por meio do teste rápido, é feita uma vistoria de bloqueio em um raio de 150 metros a partir da casa dele. A partir da realização do chamado bloqueio mecânico o objetivo é eliminar criadouros de mosquistos, com a remoção deles, colocação de barreiras e gerenciamento de materiais para prevenir o acúmulo de água em recipientes.
m relação à aplicação de veneno para combater o mosquito, a fiscal em Vigilância Sanitária explica que a Secretaria de Saúde tem a máquina, no entanto é necessário ter um servidor para realizar o trabalho. Esse funcionário precisa participar de capacitação oferecida pelo Cevs.
O veneno é fornecido pelo Governo do Estado a partir da confirmação de um caso de dengue por sorologia e a aplicação é realizada no momento em que acontece o bloqueio mecânico. “A aplicação é uma ação secundária, porque ela vai matar o mosquito já adulto. Os representantes do Estado informaram que o que estamos fazendo, por meio das vistorias de bloqueio, está correto e é a principal forma de combater a proliferação, pois atinge as larvas”, explica.
Ainda segundo Juliana, o Levantamento de Índice Amostral (LIA) já foi concluído e foi possível perceber, a partir dele, que a maior parte dos focos dizem respeito a pequenos descuidos. Além disso, água parada em plantas, especialmente em bromélias plantadas nos pátios das casas, representa cerca de 70% por focos do mosquito.
Medidas preventivas
• Manter tampada a caixa d’água, tonéis ou latões que estejam expostos à chuva
• Guardar pneus velhos sob abrigos
• Não acumular água em vasos de plantas ou nos pratos onde ficam (cobrir com areia)
• Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises
• Colocar embalagens de vidro, plástico ou lata em lixeira fechada
• Manter a piscina tratada durante o ano todo
Cuidados com as bromélias
• Para fazer a manutenção correta dessas plantas é preciso diluir uma colher de sopa de cloro em um litro de água. Depois, com um borrifador ou o mesmo frasco usado para fazer a mistura, colocar todo o líquido na planta uma vez por semana. Durante esse processo é importante molhar todas as folhas. Essa ação deve ser repetida no intervalo entre quatro e cinco dias.
*Com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura