Profissionais da Associação Médica de Venâncio (Amva) e médicos do Corpo Clínico do Hospital São Sebastião Mártir manifestaram a preocupação com a construção da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, em nota de esclarecimento publicada na edição de hoje, da Folha do Mate. Há duas semanas, a primeira-dama e presidente da Associação Pró-UTI Neonatal, Cristiane Wickert, anunciou a previsão do início das obras para o primeiro semestre deste ano.
A nota, assinada pela médica Jacqueline Abel Balestrin Froemming, presidente da associação; pelo diretor clínico do HSSM, Paulo Abrahão; e pelo diretor técnico, Guilherme Fürst Neto, destaca que os médicos reconhecem “o valor e a importância de uma unidade especializada no atendimento de recém-nascidos” e apoia a construção da unidade. No entanto, entendem como “inapropriado no contexto atual iniciar a construção de uma nova unidade dentro das dependências do hospital”, por conta da crise financeira enfrentada pela instituição.
Entre os motivos citados na nota estão o fato de o hospital não conseguir pagar em dia seus funcionários, fornecedores e prestadores de serviços; ter precisado demitir funcionários para reduzir custos; necessitar de manutenção das áreas físicas já existentes, que estão deterioradas; precisar investimentos nas áreas de gestão hospitalar e tecnologia para obter melhores resultados financeiros e assistenciais.
“Hoje, quem se encontra na UTI é o nosso hospital e toda a atenção deve ser voltada para sua recuperação. Precisamos primeiro recuperá-lo para garantir a manutenção dos serviços já existentes e depois, sim, todo o investimento para crescer e incorporar novos serviços fará todo o sentido agora é hora de recuperar a saúde financeira da instituição.”
TRECHO DA NOTA ASSINADA PELOS MÉDICOS
O documento ainda ressalta que é “imprescindível o socorro financeiro do poder público municipal, sob risco do HSSM fechar as portas. Sendo assim, queremos esclarecer que de forma alguma somos contrários à construção da UTI neonatal ou qualquer outra unidade que venha qualificar nossos serviços em prol da comunidade, porém, neste momento a prioridade máxima é garantir a sobrevivência do HSSM.”