Embora os números da Covid em 2021 sejam bem diferentes do que eram em abril de 2020, a estrutura para o atendimento a pacientes graves não foi de calmaria em nenhum momento. Precisando entender rapidamente e se adaptar conforme a necessidade, se o 2020 foi difícil para o hospital, este ano tem sido mais ainda.
“Em nenhum momento foi fácil trabalhar com a pandemia, pois em todos eles foram exigidas adequações das estruturas físicas e de pessoal. Mas, sem dúvida, o mês de março deste ano foi o pior, principalmente pelo grande número de vítimas, aliado à superlotação, esgotamento do nosso pessoal, risco de falta de oxigênio, de equipamentos e de medicamentos”, afirma o presidente do hospital, Luciano Spies.
Apesar da dificuldade, ele diz que lhe chamou atenção a capacidade de se adequar à demanda. “Uma estrutura hospitalar já é algo complexo em normal funcionamento. Toda reestruturação leva a alterações de rotinas, espaços, logística e de equipe. Nos adequamos diversas vezes e nisso há um mérito enorme da equipe de gestão e de todos os nossos funcionários e equipe médica.”
Profissionais
Nesse um ano de pandemia, o hospital reestruturou setores, como o fechamento do Pronto Atendimento e implantação de novos leitos de UTI, o que mexeu também no trabalho junto à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cruzeiro, que passou a receber mais pacientes e, inclusive, a internar.
Somado a isso, precisou manter a equipe ‘de pé’. Além do aumento da demanda, muitos também ficaram doentes e precisaram ficar afastados. São, até agora, 172 profissionais que já contraíram o vírus – mais de 30% do quadro. “Afastamentos sempre são complicados de cobrir, ainda mais nestes casos que ocorriam de uma hora para a outra. Por isso não há tempo hábil de contratações e as coberturas eram feitas pelos colegas, muitas vezes sobrecarregando atribuições e até cobrindo outro setor. Todos continuam dando o seu melhor.”