A pandemia do novo coronavírus tem causado transtornos em diversos segmentos que acabam impactando, ainda mais, na vida da população. O setor público, por exemplo, tem sofrido com a falta ou demora na entrega de equipamentos, mantimentos e prestação de serviços. Entre as repartições afetadas está a Farmácia Pública Municipal, que realiza cerca de 9,5 mil atendimentos mensais.
A coordenadora da farmácia, Sandusa Dettenborn, explica que a carência de alguns fármacos ocorre porque o estoque depende das transportadoras e dos fornecedores. “Os fabricantes dependem de matérias-primas que vêm da Índia. Por isso é preciso entender que quando ocorre a falta de algum medicamento é decorrente da falta de entrega, não de compra. Nós compramos, mas a entrega atrasa algumas vezes”.
Este foi o caso do Carbonato de Lítio e também do Diazepam 10mg. Ambos estavam em falta tanto nas distribuidoras quanto nas indústrias, onde faltava a matéria-prima, no mês de março quando foi feito o pregão. No caso do Lítio, com a dificuldade na produção e na entrega em todo o estado, uma menor quantidade do medicamento foi entregue para Venâncio no início deste mês. Já o Diazepam, que terminou em 25 de junho, chegou ao município em 20 de julho, cerca de um mês depois.
No momento, de mais de 100 itens adquiridos pelo Município, um está em falta. O Ácido Valproico – referência Depakene – utilizado em casos de convulsões, está em falta desde segunda-feira, 10. A empresa licitante solicitou um reequilíbrio econômico-financeiro em julho por conta da alta do dólar. Feita a revisão de preço por parte do Município, abriu-se o prazo legal para a entrega do medicamento, que deve chegar até o fim deste mês.