Prefeitura organiza fluxograma de conduta clínica para Covid

-

Desde os primeiros dias do ano, todos os médicos (particulares ou na rede pública) que lidarem com casos suspeitos ou confirmados de coronavírus em Venâncio Aires, devem seguir um mesmo esquema de transição de informações quanto ao tratamento.

Através de um fluxograma elaborado pela médica infectologista Sandra Knudsen, foi organizada a conduta clínica Covid conforme a gravidade. O esquema vai desde o acolhimento, com orientações básicas de higiene pessoal, exames gerais, necessidade ou não de internação e uma lista de medicamentos básicos e que podem ser considerados. Tudo dependendo da fase da doença.

“Os fluxogramas são usados em qualquer parte do mundo. São protocolos que ajudam e dão uniformidade ao atendimento médico e de enfermagem. Se tem mais qualidade, mais tempo e se evitam divergências”, explicou o prefeito e médico Jarbas da Rosa.

Fases

Um dos primeiros pontos é identificar a fase dos sintomas, que foi dividida em três conforme o período de dias: fase 1 (1º ao 5º dia), fase 2 (6º ao 14º dia) e fase 3 (após o 14º dia). “A fase 2 seria a mais crítica, porque ou o paciente já melhorou ou evolui para uma piora”, destacou Jarbas.

A partir dos sintomas, ocorre outra classificação, a da gravidade, e que avalia sinais como falta de ar e outros relacionados à condição respiratória. Em qualquer das situações, será feito o teste para diagnosticar o vírus.

Classificação da gravidade

Leve

Para quem for considerado caso leve, as medidas clínicas incluem, por exemplo, atestado para isolamento por 10 dias a contar do início dos sintomas, exame para diagnosticar a Covid conforme tempo de evolução dos sintomas e encaminhar o paciente para monitoramento telefônico (que será retomado pela Vigilância Epidemiológica). De acordo com o prefeito, a literatura médica diz que 90% dos casos são considerados leves.

Gravidade moderada

Entre os pacientes com sinais iniciais de falta de ar, baixa oxigenação no sangue e febre, por exemplo, pode ser classificado como gravidade moderada e passará por uma série de exames, como de sangue e tomografia, reavaliação médica no Centro de Atendimento Respiratório, na UPA ou no Hospital São Sebastião Mártir, além de atendimento domiciliar.

Grave

Para quem tiver, somado ao sinais iniciais, pressão baixa severa, problemas na frequência respiratória e necessidade de oxigênio, a recomendação é para internação imediata, seja no setor Covid do hospital ou na UTI. Nesses casos, embora a porcentagem seja pequena, a demanda médica é muito maior. “A média de internação numa UTI é de mais de 20 dias. Isso impacta no serviço como um todo e diminui o número de leitos disponíveis para outros pacientes”, explicou Jarbas.

Medicamentos

  • Na lista de medicamentos – a maior parte está disponível na Farmácia Municipal – aparecem analgésicos, antitérmicos, antitussígenos e antialérgicos.
  • Também há nove tipos de antibióticos, conforme a indicação do caso, vermífugo, corticóides e anticoagulantes. Mas cada um sempre com a ressalva do tipo de fase ou gravidade do paciente. Também já estão especificadas as dosagens, quantidades e tempo de uso.
  • Entre os medicamentos receitados para quem está com sintomas gripais, está o Oseltamivir (o Tamiflu), a Azitromicina (antibiótico) e a Ivermectina (vermífugo).
  • Para pacientes na fase 2 (a partir do 5º dia de sintomas) podem ser considerados para uso alguns corticóides e anticoagulantes. Isso para quem não precisar internar.
  • Quanto à Hidroxicloroquina, alvo de polêmica desde o início da pandemia, há uma observação no fluxograma venâncio-airense, de que o Ministério da Saúde deixa a prescrição a critério médico e com a autorização do paciente.

Testes

Os tipos de testes para confirmar a contaminação também foram incluídos no fluxograma. Enquanto os testes rápidos de anticorpos seguem apenas no Cadi, com agendamento, o PCR e o antígeno são aplicados no Centro Respiratório do bairro Gressler. “Vamos manter a realização destes dois porque conseguimos um diagnóstico precoce e correto, para logo encaminhar ao tratamento”, reiterou o prefeito Jarbas da Rosa.



Débora Kist

Débora Kist

Formada em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2013. Trabalhou como produtora executiva e jornalista na Rádio Terra FM entre 2008 e 2017. Jornalista no jornal Folha do Mate desde 2018 e atualmente também integra a equipe do programa jornalístico Terra em Uma Hora, veiculado de segunda a sexta, das 12h às 13h, na Terra FM.

Clique Aqui para ver o autor

    

Destaques

Últimas

Exclusivo Assinantes

Template being used: /var/www/html/wp-content/plugins/td-cloud-library/wp_templates/tdb_view_single.php
error: Conteúdo protegido