Atualização da lista de pacientes que aguardam pela realização de cirurgias eletivas – consideradas sem urgência – realizada nessa terça-feira, 7, mostra que 573 pessoas estão esperando para realizar o procedimento em Venâncio Aires. Conforme o relatório fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde, a maior demanda se refere aos procedimentos gerais, com 405 pacientes.
Segundo o secretário de Saúde, Ramon Schwengber, justamente por apresentarem um maior número de pessoas que aguardam na fila, as cirurgias gerais, que englobam, por exemplo hérnia e vesícula, são as que têm um maior tempo de espera por parte do paciente. Além disso, devido ao elevado número de pessoas que necessitam desse tipo de intervenção, esses procedimentos também apresentam o maior número de liberação todos os meses – são entre 30 e 35 cirurgias autorizadas.
“Fazemos uma proporcionalidade. Não adianta liberarmos um número menor de cirurgia geral e um maior de alguma outra especialidade, justamente porque a fila maior é da geral”, explica o titular da pasta. Ainda de acordo com ele, são liberados, em média, entre 70 e 90 procedimentos cirúrgicos por mês. Em valores, isso representa um investimento médio de R$ 175 mil mensais, o que totaliza aproximadamente R$ 2 milhões por ano.
Schwengber ainda relata que as cirurgias gerais são realizadas no Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) e cerca de dez procedimentos mensais ocorrem em Candelária, município de referência da Capital Nacional do Chimarrão. Os procedimentos das demais especialidades ocorrem na casa de saúde de Venâncio Aires. Todas as solicitações para realizar cirurgias eletivas são avaliadas por um médico autorizador vinculado à Secretaria de Saúde.
DEMANDA
Para o secretário de Saúde, a realização do recadastramento de pacientes que estavam na lista para fazer os procedimentos eletivos, realizado nos meses de maio e junho de 2018, foi uma importante maneira de tornar a lista de espera pública, uma vez que ela está disponível para consulta no site da Prefeitura. Ele ainda observa que antes deste pente-fino, cerca de 1,2 mil pacientes aguardavam a realização dos procedimentos.
Schwengber também observa que a fila de cirurgias eletivas está em constante alteração. “Ela muda todos os dias. Temos, em média, lembrando que esse número não é exato, 30 novos pedidos de cirurgia eletiva por mês. É como se fosse um por dia, dependendo do mês. Claro que eu gostaria muito de diminuir consideravelmente, especialmente, as da cirurgia geral”, avalia.
Atualmente, conforme o secretário, as cirurgias eletivas são custeadas com recursos da Prefeitura ou por eventuais emendas parlamentares, como foram os casos dos anos de 2017 e 2018. “Se hoje conseguimos um recurso específico para eletivas eu tentaria fazer um mutirão especialmente das cirurgias gerais, para diminuir o tempo de espera das pessoas”, comenta. O chefe da pasta também salienta que os pacientes encaminhados para realizar os procedimentos também têm, imediatamente, liberação para realizar os exames pré-operatórios, bem como, consultas pré e pós-operatórias.
Lista de espera
- Geral – 405
- Urologia – 19
- Genecologia – 29
- Vascular – 106
- Proctologia – 4
- Traumatologia – 10
REFERÊNCIA ESTADUAL
O Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) é referência estadual dos municípios da microrregião – Mato Leitão, Passo do Sobrado e Vale verde – para a realização de cirurgias eletivas de traumatologia de média complexidade. Por isso, a casa de saúde recebe recursos do Estado e ainda do Município para cumprir com as metas.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
- Nesta semana, o Ministério da Saúde (MS) divulgou que reservou R$ 250 milhões a mais para a ampliação do acesso de pacientes às cirurgias eletivas realizadas no SUS. Conforme divulgado pelo MS, são 53 tipos de procedimentos cirúrgicos que estão na lista, como catarata, varizes, hérnia, vasectomia e laqueadura, além da cirurgia de astroplastia (quadril e joelho) entre outras com grande demanda reprimida identificada.
- De acordo o secretário de Saúde ainda não há detalhes sobre o valor que Venâncio receberá, pois, nesse caso, primeiro é necessário realizar o procedimento cirúrgico para depois o Município tentar algum tipo de ressarcimento. Além disso, o Governo Federal, custeia apenas procedimentos extras realizados normalmente pelos municípios. Schwengber também explica que o montante anunciado é dividido entre todos os estados e depois com os municípios.
