atendimentos Samu
Maior número de atendimentos é de vítimas que sofreram quedas de motos (Foto: Alvaro Pegoraro)

Sempre que alguém está em apuros, necessitando atendimento médico, um dos primeiros números de telefone que vêm à cabeça é o 192. Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) fazem o primeiro contato e repassam a ligação para um médico, na Central de Regulação. O profissional dá as orientações à pessoa que ligou e, se necessário, libera uma ambulância para que o atendimento seja feito com a maior urgência. Para quem liga parece uma eternidade, mas este procedimento padrão é um dos responsáveis por salvar vidas.

Em Venâncio Aires desde o dia 15 de dezembro de 2010, o Samu se aproxima dos 18 mil atendimentos (são 17.596 contabilizados até o mês de outubro, contando junto os mais de 800 transportes). Primeiro contava somente com uma viatura da Unidade de Suporte Básica (USB), mas a partir de 29 de julho de 2013, passou a contar com uma Unidade de Suporte Avançada (USA).

Instalada na rua Jacob Becker, na área central da cidade, o Samu realizou 838 transportes de pacientes nestes dez anos de atividades, de Venâncio para outros municípios). Segundo a enfermeira Patrícia Mello da Silveira, responsável técnica pela unidade da Capital do Chimarrão, o maior número de atendimentos se refere às quedas de motos, tanto na área central da cidade, quanto no interior do município.

Para fazer os atendimentos, a unidade do Samu conta com seis médicos, sete enfermeiros, quatro técnicos em enfermagem e 11 condutores. Patrícia salienta que em relação ao ano passado, o número de transportes de pacientes aumentou 85%. “E vamos chegar a dois mil atendimentos só neste ano”, avalia.

Entre os médicos que atua no Samu do município está o traumatologista Wladimir Scalcon de Moraes. Ele foi o primeiro médico selecionado para atuar na USA, estando na função há sete anos. “Se passaram sete anos de SA (Suporte Avançado) e por ela muitos colegas chegaram e saíram, mas eu me sinto orgulhoso de ser o único médico daquele processo seletivo de 2013 que ainda continua na ativa, além de ser o único da cidade”, destaca.

Ele ressalta que decidiu se especializar para poder atuar no Samu ao entender a importância que estes profissionais têm para a sociedade. “Eu ficava olhando e pensando como aqueles socorristas eram importantes para a sociedade e gostaria de ser um também”. Wladimir fez um curso introdutório para o Samu, em Porto Alegre, e se habilitou a fazer parte desta seleta equipe de profissionais.

Quando chamar o Samu

De acordo com uma planilha da Central de Regulação, o Samu pode ser acionado por diversas razões. Entre elas, acidentes automobilísticos, falta de ar intensa, suspeita de AVC (que se caracteriza por alteração súbita da fala, boca torta, perda de força, dormência ou paralisia de um lado do corpo), engasgos, queimaduras graves, desmaios, surtos psiquiátricos, intoxicação, dores no peito, agressão por arma de fogo ou faca, convulsão, hemorragias, quedas e fraturas, entre outras situações.

“O Samu não é um emprego apenas, não somos colegas apenas, somos um time, um time que cumpre com suas obrigações da melhor maneira possível, sempre nos ajudando e nos apoiando.”

WLADIMIR S. de MORAES
Médico

 

“Sou muito grata por fazer parte de uma equipe tão qualificada e comprometida, que não mede esforços para salvar vidas. Devido à pandemia, não será possível fazer uma comemoração alusiva aos dez anos, mas a equipe agradece a todos que fizeram e fazem parte desta história.”

PATRÍCIA M. DA sILVEIRA
Enfermeira e responsável técnica pelo Samu