A médica infectologista Sandra Knudsen explica que, a exemplo de outras situações, o aumento expressivo no número de casos na última semana indica a circulação da variante Ômicron, o que foi confirmado na sexta-feira, 7. “É um vírus que está constantemente sofrendo mutações”, comenta.
De acordo com ela, os sintomas mais comuns têm sido mais leves e nas vias aéreas superiores, como obstrução nasal, coriza, irritação na garganta, dor de cabeça e febre, com menos casos de pneumonia. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Carla Lili Müller, também observa que a perda de olfato e paladar, que era comum nos casos, não têm sido sentida pela maioria dos pacientes.
Para Sandra Knudsen, o fato de os sintomas da Covid estarem mais leves está ligado à vacinação. “Os casos graves acontecem, geralmente, entre os não vacinados. Como a maioria dos casos que estão aparecendo nesta semana têm sido leves, o impacto maior está sendo no sistema de saúde ambulatorial, em consultórios médicos, postos de saúde e na UPA. Não houve ainda aumento significativos de internações no hospital”, observa.
Ao encontro disso, a infectologista ressalta a importância de as pessoas atualizarem o esquema de vacinação contra a Covid. Quem ainda não fez nenhuma dose, deve procurar o imunizante; quem está com a segunda dose em atraso, precisa fazer o quanto antes; e quem já pode receber o reforço, deve fazê-lo o quanto antes.“Quando mais pessoas imunizadas adequadamente, menos casos graves vamos ter. É fundamental que as pessoas procurem a vacinação”, enfatiza.
Sandra também ressalta a necessidade de contar com a ajuda de cada cidadão para conter os surtos, a partir da retomada das medidas de prevenção. “É hora de voltarmos a usar máscara de forma mais efetiva, principalmente quando estivermos em ambientes fechados, e evitar aglomerações onde vários grupos familiares se aproximem”, orienta.
“Os sintomas que mais têm aparecido são mais leves, nas vias aéreas superiores, como obstrução nasal, coriza, irritação na garganta, dor de cabeça e febre. Isso está relacionado à vacinação. A maioria dos casos graves acontecem em não vacinados.”
SANDRA KNUDSEN
Médica infectologista
LEIA MAIS: