Depois de viver algumas semanas de insegurança em dezembro do ano passado, depois de se contaminar com a Covid-19, a secretária Samanta Preuss, 30 anos, se prepara para receber, nesta quinta-feira, 8, a segunda dose da vacina contra a doença.
Por ser secretária de consultório médico e estar mais exposta ao vírus, ela integra o grupo prioritário do imunizante como profissional da saúde. No dia 12 de março, recebeu a primeira dose. “Para mim foi um dia de glória foi quando recebi a primeira dose da vacina. Eu estava muito, mas muito feliz, o sentimento era de gratidão e esperança”, afirma.
A alegria de ser imunizada se justifica, especialmente, pelos dias difíceis que viveu por conta da doença. “Fiz teste no dia 4 de dezembro, mas deu negativo. Meu marido tinha positivado dia 3 e minha mãe antes. Como tive sintomas constantes fiz de novo dia 8”, conta, ao lembrar que os sintomas pareciam uma rinite, depois teve muita tosse, dores de cabeça e principalmente nos olhos. Ela logo começou com medicamentos, mas no dia seguinte teve dores no corpo, diarreia e vômito. “Positivei na terça-feira, já na quinta-feira amanheci com os mesmos sintomas, além de febre, perda de olfato e paladar. Agendei uma consulta. Na sexta, dia 11, após coletar exames veio a primeira surpresa: exames relacionados ao fígado alterados e tomografia que indicou 25% de comprometimento pulmonar.”
A piora de Samanta começou no domingo, 13 de dezembro, quando passou mal e foi para o Hospital São Sebastião Mártir, fez medicações injetáveis e foi liberada. “Estava muito fraca, não conseguia me alimentar direito e precisava de medicação para dor, pois está já estava em um nível quase insuportável”, recorda.
INTERNAÇÃO
Dia 15 de dezembro, foi um dia que Samanta nunca vai esquecer. O marido, que tinha positivado antes dela, já estava liberado e tinha voltado a trabalhar. A secretária estava sozinha em casa e começou a passar mal e precisou voltar para o hospital. Depois de passar por exames, no Pronto Atendimento, foi encaminhada para o quarto. Foi o momento que se desesperou e sentiu medo. “O enfermeiro chegou no quarto e disse: ‘pessoal essa é a Samanta, vai ficar uns dias com nós, a tomo dela evoluiu para 50% do pulmão comprometido’. Eu fiquei desesperada, pois estava com muito medo de piorar e ir para UTI, o que não aconteceu por pouco”, comenta.
Samanta recorda que, enquanto esteve hospitalizada no setor Covid, recebeu muito carinho de toda equipe. “O que me confortou foi o carinho com que fui tratada por todos, as meninas da limpeza, da cozinha, a médica Diana, técnicos em Enfermagem. Foram muito atenciosos”, agradece.
Três dias depois de ser internada, Samanta teve a boa notícia da alta do hospital. A partir de então, começaram mais dez dias de atendimento domiciliar, pois ainda tinha dificuldades na respiração. “A equipe vinha todos os dias até minha casa fazer as medicações em mim. Recebi o atendimento da enfermeira Vivi, que foi maravilhosa, superatenciosa. Me auxiliou muito nesse período também”, relembra a secretária.
Ela frisa que, nos dias difíceis, a fé e o carinho dos amigos e familiares também ajudaram na recuperação. “Deus estava o tempo todo segurando minha mão, e o carinho que recebi de amigos e da família por mensagens foi fundamental para minha recuperação”, complementa Samanta.
“Momentos de dores, como na internação, e momentos de esperança, como o dia que recebi a primeira dose da vacina da Covid, estão marcados na minha memória para sempre.”
SAMANTA PREUSS
Secretária
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