UPA: porta de entrada para médicos recém-formados

Venâncio Aires - A rotina da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Venâncio Aires é, para muitos médicos recém-formados, o primeiro contato direto com a prática profissional. O ambiente dinâmico, que acolhe pacientes com condições clínicas graves e não graves, transforma-se em uma verdadeira escola e, muitas vezes, na base de uma carreira sólida na medicina. É o caso de Patrícia Bottega, 30 anos, médica formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), que atua na unidade há três anos e nove meses.

“O meu primeiro plantão como médica foi na UPA de Venâncio Aires”, lembra Patrícia, que mora em Santa Cruz do Sul. Mesmo tendo passado por outros serviços de urgência e emergência, ela afirma que o trabalho na UPA marcou o início da trajetória com segurança e aprendizado. “Sempre senti mais segurança nas minhas condutas realizadas na UPA, tanto pela diversidade de exames disponíveis dentro da competência da unidade quanto pelo suporte e parceria da equipe, da coordenação, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM)”, destaca.

Segundo o superintendente administrativo da UPA, Rodrigo da Silva, essa experiência de iniciação é parte natural do papel da instituição. “Nossa escala médica é composta por em torno de 40 médicos, e a grande maioria é formada pela Unisc e pela Univates”, explica. São realizados encontros periódicos com recém-formados interessados em integrar o corpo clínico. “Apresentamos como é o funcionamento da instituição e nossa estrutura física. Depois, eles são inseridos gradualmente na escala conforme a disponibilidade de plantões”, detalha.

OLHAR MAIS HUMANO

Para Patrícia, o trabalho na UPA proporcionou muito mais do que prática clínica: trouxe amadurecimento e um olhar mais humano sobre o cuidado. “Aprendizado e gratidão por ter a oportunidade de conviver com profissionais que buscam sempre melhorar a qualidade e eficácia do atendimento”, resume. “Além disso, o contato com diversas realidades sociais e econômicas auxilia no atendimento mais humanizado e focado no melhor para o paciente.”

O superintendente administrativo da UPA reforça que o serviço é pensado justamente para esse tipo de crescimento profissional e pessoal. “A UPA normalmente acaba sendo um dos primeiros trabalhos dos médicos recém-formados. É sempre um aprendizado para eles e para a equipe. Há uma relação de confiança, no qual conseguimos contribuir para o crescimento profissional deles e proporcionar um ambiente seguro tanto em equipe quanto em estrutura para o início da carreira médica. E também sempre aprendemos um pouco com cada profissional que passa por nós.”