Venâncio Aires - As obras de reforma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires, devem ser concluídas nesta semana. A previsão é do administrador da instituição, Luís Fernando Siqueira, que falou sobre durante o programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1, na última quinta-feira, 30.
O trabalho ocorre há mais de 30 dias, aproveitando um momento considerado oportuno, já que o local foi obrigatoriamente fechado no fim de setembro, após a identificação de uma bactéria multirresistente. “Acredito que até o meio da semana para terminar as obras, depois precisa reinstalar os equipamentos, então provavelmente na segunda semana de novembro para reabrir. Não há uma pressa grande, porque conseguimos fazer com que os pacientes estejam devidamente atendidos, tanto que estrutura de profissionais foi mantida. Na média, nesse período, são entre três e quatro pacientes por dia. Não temos tido pressão, é um período que nos favoreceu, porque no inverno seria impensável”, destacou Siqueira.
Os reparos na UTI Adulto incluíram limpeza de ar-condicionado, reboco, troca de todo piso, retirada de uma coluna no meio do setor e que dificulta a visualização, além de fazer uma abertura na parede para chegar à rampa externa, a mesma que dá acesso à UTI Pediátrica e que pode ser usada em situações de emergência. As obras, segundo o administrador do HSSM, custaram cerca de R$ 80 mil e são realizadas pela empresa Entalp, a mesma responsável pela construção das novas capelas velatórias e pela UTI Pediátrica.
Estrutura da UTI no PA
Enquanto as obras acontecem, o HSSM manteve a estrutura da UTI montada em salas isoladas no Pronto Atendimento (PA), para pacientes que necessitam de tratamento intensivo. Mas, nesse caso, não há leitos para pacientes de fora. Assim que a UTI for reaberta, voltará aos procedimentos normais, já que é regulada pelo Estado e por isso também atende moradores de qualquer região do Rio Grande do Sul.
Relembre
A UTI Adulto está fechada desde 22 de setembro, após identificação do ‘Acinetobacter baumannii’, “um microrganismo oportunista, de relevância clínica, frequentemente associado a infecções hospitalares graves e reconhecido por sua elevada capacidade de resistência a múltiplas classes de antimicrobianos”.
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Com isso, foi necessário um processo de higiene profunda. Dias depois, o hospital confirmou que deu negativo o resultado de amostras coletadas na unidade, o que permitiria a reabertura imediata. Mas isso não aconteceu justamente para oportunizar as manutenções necessárias.
Comitiva vai a Brasília em busca de emendas
Na última semana, foi aprovado, pela Câmara de Vereadores, o repasse de R$ 1 milhão para o hospital. O montante é a soma de emendas parlamentares indicadas pelos deputados federais Heitor Schuch (do PSB, com R$ 500 mil), Covatti Filho (do PP, com R$ 300 mil) e Carlos Gomes (do Republicanos, com R$ 200 mil).
Segundo o administrador do HSSM, Luís Fernando Siqueira, o valor será destinado para pagamento de serviços médicos (sobreaviso, plantão do Pronto Atendimento e plantão de UTI) e impostos. Ele comemorou o repasse, mas lembrou a dificuldade mensal da instituição. “Se trabalha com déficit de R$ 800 mil por mês, então a gente larga o ano precisando de R$ 9 milhões de repasse. Para 2025 todo, tem previsto entrar R$ 5,2 milhões em emendas, mas até agora entrou R$ 2,5 milhões. Existe uma preocupação, mas não se cogita interromper serviços, até porque existe um esforço muito grande da Prefeitura. Mas está faltando participação do Estado e da União”, destacou Siqueira.
Em busca de novos repasses, uma comitiva vai novamente a Brasília. Na próxima segunda-feira, 10, o prefeito Jarbas da Rosa, o secretário municipal de Saúde, Alan Flores da Rosa, o presidente do HSSM, Marcelo Farion, e o administrador da instituição, Luís Fernando Siqueira, embarcam para a capital federal. Segundo Siqueira, além buscar emendas, a ideia é encaminhar outras articulações. “Passamos lá terça e quarta e, na quinta, articularemos questões mais técnicas junto a alguns gabinetes, o que já vimos ser muito útil. Todas as portas abertas que tivemos no Ministério da Saúde foram com articulação de gabinetes. Queremos essa conversa para pegar apoio naquele pedido para aumento de teto MAC, por exemplo”, relatou o administrador do hospital.
