Unidade do hospital foi fechada após identificação de bactéria e agora passa por reformas. Previsão é de 20 dias de obras.
Começaram nesta segunda-feira, 29, as obras de reforma na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto do Hospital São Sebastião Mártir (HSSM), de Venâncio Aires. O trabalho ocorre para aproveitar um momento considerado oportuno, já que o local foi obrigatoriamente fechado há alguns dias após a identificação de uma bactéria multirresistente.
A questão sanitária foi superada, mas, como a UTI é um local que está sempre ocupado, naturalmente, com as internações, dificilmente há oportunidade de fazer manutenções. Por isso, o HSSM decidiu mantê-la fechada por mais algumas semanas para realizar melhorias. O assunto foi detalhado pelo administrador da instituição, Luís Fernando Siqueira, durante entrevista ao programa Terra em Uma Hora, da Rádio Terra FM 105.1, nesta segunda. “Como já estamos com fluxo em outro setor e volume baixo de pacientes que necessitam de UTI, vamos aproveitar que está fechada para fazer manutenções. Temos um cronograma de 20 dias”, informou Siqueira. Com isso, a tendência é de que a unidade reabra no fim de outubro.
Os reparos na UTI Adulto incluem limpeza de ar-condicionado, reboco, troca de todo piso, retirada de uma coluna no meio do setor e que dificulta a visualização, além de fazer uma abertura na parede para chegar à rampa externa, a mesma que dá acesso à UTI Pediátrica e que pode ser usada em situações de emergência.
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Pacientes
Enquanto as obras acontecem, o HSSM manterá a estrutura da UTI montada em salas isoladas no Pronto Atendimento (PA), para pacientes que necessitarem de tratamento intensivo. Mas, nesse caso, não haverá leitos para pacientes de fora. Assim que a UTI for reaberta, voltará aos procedimentos normais, já que é regulada pelo Estado e por isso também atende moradores de qualquer região do Rio Grande do Sul. Dos quatro pacientes que tinha contraído a bactéria, dois ainda estavam internados hoje.
Relembre
O processo de higiene profunda na UTI Adulto ocorre após identificação do ‘Acinetobacter baumannii’, “um microrganismo oportunista, de relevância clínica, frequentemente associado a infecções hospitalares graves e reconhecido por sua elevada capacidade de resistência a múltiplas classes de antimicrobianos”.
Conforme o HSSM, a bactéria não leva o paciente a óbito, mas em presença de outras comorbidades e da fragilidade de um paciente de UTI, se torna perigosa, por isso a unidade foi fechada. Na última sexta, 26, o hospital confirmou que deu negativo o resultado de amostras coletadas na unidade, o que permitiria a reabertura imediata. Mas isso não aconteceu justamente para oportunizar as manutenções necessárias.
