Venâncio não tem casos de mão-pé-boca confirmados, mas há suspeitas

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Casos da doença mão-pé-boca têm surgido com frequência em cidades vizinhas de Venâncio Aires, o que aumenta o alerta para as crianças do município. Em Santa Cruz do Sul, o surto já atinge mais de 100 crianças. Segundo informações do Ministério da Saúde, a doença é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie. Embora possa acometer adultos, é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões são mais comuns em mãos, pés e boca.

Conforme a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Carla Lili Müller, até o momento, Venâncio não tem nenhum caso confirmado, mas uma escola de educação infantil está com casos suspeitos. As crianças estão passando por avaliação pediátrica para avaliar a existência da doença. Ainda não há definição dos resultados.

Carla explica que esta doença não é de notificação compulsória, ou seja, não há exigência para que seja comunicada às autoridades de saúde. A notificação acontece apenas em situação de surto. Carla orienta que até dois casos da doença de forma isolada está dentro da normalidade, mas no aparecimento do terceiro caso já é considerado surto. “Tudo depende do contexto, sempre avaliamos os casos, se acontecem dentro de uma mesma escola ou local”, afirma. Mesmo não tendo a notificação frequente, Carla confirma que as escolas sempre informam e controlam casos de crianças apresentem a mão-pé-boca.

A enfermeira destaca que as escolas do município conhecem os protocolos de cuidados e são orientadas sobre a lavagem das mãos frequentemente, principalmente após as trocas de fraldas, já que a doença também e transmitida através de fezes.

Sintomas

  • Febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões
  • Aparecimento de manchas vermelhas com vesículas branco acinzentadas no centro na boca, amídalas e faringe
  • Erupção de pequenas bolhas geralmente na palma das mãos, plantas dos pés, mas também pode ocorrer nas nádegas e região genital
  • Mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia
  • Dificuldade para engolir e salivação

Transmissão e tratamento

Conforme o Ministério da Saúde, a transmissão acontece via fecal/oral através do contato direto entre as pessoas ou com fezes, saliva, secreções ou alimentos e objetos contaminados. Mesmo após a recuperação, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante quatro semanas. O período de afastamento e cuidados é geralmente de sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com o resfriado comum.

Ainda não existe vacina para a mão-pé-boca. A doença regride espontaneamente depois de alguns dias. O ideal é que o paciente permaneça em repouso, tome bastante líquido e se alimente bem.

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Luana Schweikart

Luana Schweikart

Jornalista formada pela Unisc - Universidade de Santa Cruz do Sul. Repórter do Jornal Folha do Mate e da Rádio Terra FM

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