Foto: Kethlin Meurer / Folha do Mate.

O Carnaval se aproxima e, com ele, muita festa, diversão e folia. Contudo, não se pode deixar de lado os cuidados com a saúde e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Mesmo que no município não esteja comprovado um aumento de doenças nessa época do ano, a distribuição de preservativos é reforçada, mas vale lembrar que durante todo o ano os postos de saúde de Venâncio oferecem camisinhas.

Em dezembro, Venâncio recebeu 50 mil preservativos e dez mil deles já foram distribuídos. A intenção é distribuir mais cerca de 15 mil durante as comemorações de Carnaval.

Segundo a enfermeira da secretaria de Saúde da Capital Nacional do Chimarrão, Solange Sehn, a distribuição de preservativos, tanto femininos quanto masculinos, irá começar hoje pelos agentes de saúde que pretendem, a partir das 18h, visitar os QGs de Carnaval. Já nos dois dias de desfile, que serão amanhã e na segunda-feira, conforme Solange, os preservativos ficarão disponíveis em uma ambulância para quem quiser pegá-los. “A distribuição não será feita na rua pelos agentes, porque vai ter muitas crianças na rua”, complementa.

Até o início do carnaval, o Ministério da Saúde, por exemplo, pretende distribuir 77 milhões de preservativos em todo o Brasil. A ação faz parte da campanha nacional de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), sobretudo HIV/Aids. A Secretaria da Saúde (SES) estadual também está mobilizada, porque vai distribuir, a partir de hoje, 150 mil preservativos durante o Carnaval nos pedágios de rodovias que levam ao litoral.

Preocupaçãocom a saúdeSegundo a enfermeira Solange, sempre existe uma preocupação ainda maior por parte do município quanto à saúde da população nesta época, porque, no Carnaval, a maioria das pessoas costuma beber mais e, muitas vezes, pelo fato de não se prevenir acaba por contrair algumas doenças.

Solange acredita que a procura pelos preservativos nos postos de Venâncio é boa e ainda maior em época de Carnaval. Ela conta que o município recebe quase todo o mês do estado as camisinhas e, em média, sete mil itens por mês.

A enfermeira do Posto de Saúde Central, Daiana Ruaro, percebe no local, também, uma grande saída dos preservativos. Conforme ela, a busca pelos itens seria maior se ficassem expostos para cada pessoa pegar, contudo, no posto, para levá-los para casa, é necessário solicitar no balcão, o que faz algumas ainda terem receio e vergonha. Os jovens são os mais constrangidos para pedir os preservativos, enquanto que a busca é maior por pessoas acima de 50 anos.

Por que usar camisinha?A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra muitas doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo. Além disso, evita uma gravidez não planejada.

Contudo, o preservativo não deve ser uma opção somente para quem não se infectou com o HIV. Além de evitar a transmissão de outras doenças – que podem prejudicar ainda mais o sistema imunológico – previne contra a reinfecção pelo vírus causador da aids, o que pode agravar ainda mais a saúde da pessoa.